Contributos para a adaptação face ao surgimento de uma situação de perturbação neurocognitiva na família
DOI:
https://doi.org/10.12707/RV21122Palavras-chave:
relações familiares, família, demência, enfermagemResumo
Enquadramento: A família é o principal recurso da pessoa que adoece, assumindo-se, os seus constituintes, como cuidadores familiares.
Objetivo: Identificar as variáveis que influenciam o impacto da perturbação neurocognitiva nos familiares e caracterizar os cuidadores de pessoas com PNC.
Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo e correlacional, com 262 familiares de pessoas com perturbação neurocognitiva.
Resultados: Os cuidadores evidenciam uma associação entre as dimensões impacto emocional (r = 0,526; n = 102; p < 0,01), económica (r = 0,292; n = 102; p < 0,01), procura de suporte (r = 0,279; n = 102; p < 0,01), prestação de cuidados (r = 0,375; n = 102; p < 0,01) com maior sobrecarga percecionada. Entre os membros da família, quanto maior o impacto das relações familiares percebidas, maior o suporte social percebido (r = 0,219; n = 104; p < 0,05); quanto maior o impacto emocional, maior a necessidade de procura de suporte (r = 0,303; n = 104; p < 0,01); e quanto maior o impacto percebido na dimensão económica, maior a necessidade de procura de suporte (r = 0,319; n = 104; p < 0,01).
Conclusão: O grau de funcionalidade da família, a dependência da pessoa cuidada, a escolaridade, o género e o grau de parentesco parecem ter influência na adaptação das famílias.
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