Consumo de cannabis, grau de risco e policonsumos numa amostra de adultos portugueses

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12707/RV21152

Palavras-chave:

cannabis, drogas licitas/ilícitas, grau de risco, comportamento aditivo

Resumo

Enquadramento: O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência refere um crescente número de utentes em tratamento por consumo de opiáceos e cannabis. Em Portugal, foram identificadas 72 mortes induzidas por drogas na faixa etária entre os 15 e os 64 anos.

Objetivos: Caracterizar, numa amostra de adultos portugueses, os consumos de cannabis, o grau de risco e os policonsumos.

Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, correlacional e transversal, com utilização do Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST).

Resultados: Os resultados revelam frequências de consumo mais elevadas que os estudos epidemiológicos de âmbito nacional para todas as substâncias (com exceção do álcool). O consumo de cannabis é maioritariamente de baixo risco, mas há consumo nocivo e provável dependência. O policonsumo existe, principalmente da cannabis com o álcool e tabaco.

Conclusão: O consumo de cannabis aumentou nos últimos anos. Há associação do consumo de cannabis com outras substâncias e há uma relativização dos problemas associados à utilização da cannabis, apesar de a avaliação do grau de risco apontar noutro sentido.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

American Psychological Association. (2014). DSM 5: Manual de diagnóstico e estatístico das perturbações mentais (5ª ed.). Climepsi.

Balsa, C., Vital, C., & Urbano, C. (2018). IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral: Portugal 2016/2017. SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências. https://www.sicad.pt/BK/EstatisticaInvestigacao/EstudosConcluidos/Lists/SICAD_ESTUDOS/Attachments/181/IV%20INPG%202016_17_PT.PDF

Cabral, T. S. (2017). The 15th anniversary of the Portuguese drug policy: Its history, its success and its future. Drug Science, Policy and Law, 3(0), 1-5. https://doi.org/10.1177/2050324516683640

Dias, L. N. (2007). As drogas em Portugal. Pé de Página.

European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction. (2012). Principles of PDU: Indicator revision.

European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction. (2017). Health and social responses to drug problems: A European guide. Publications Office of the European Union. https://www.drugsandalcohol.ie/28040/1/TI_PUBPDF_TD0117699ENN_PDFWEB_20171009153649.pdf

Gnambs, T., & Kaspar, K. (2015). Disclosure of sensitive behaviors across self-administered survey modes: A meta-analysis. Behavior Research Methods, 47(4), 1237–1259. https://doi.org/10.3758/s13428-014-0533-4

Hughes, C. E., & Stevens, A. (2010). What can we learn from the Portuguese decriminalization of illicit drugs? The British Journal of Criminology, 50(6), 999-1022. https://doi.org/10.1093/bjc/azq038

Humeniuk, R., Ali, R., Babor, T. F., Farrell, M., Formigoni, M. L., Jittiwutikarn, J., Lacerda, R. B., Ling, W., Marsden, J., Monteiro, M., Nhiwatiwa, S., Pal, H., Poznyak, V., & Simon, S. (2008). Validation of the Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST). Addiction, 103(6), 1039–1047. https://doi.org/10.1111/j.1360-0443.2007.02114.x

Lei nº 30/2000 da Assembleia da República. (2000). Diário da República: I Série-A, nº 276. https://dre.pt/dre/detalhe/lei/30-2000-599720

Neves, M. P., Silva, R. R., Silva, L. A., Silva, M. V., Silva, M. M., Francisco, M.T., & Marta, C. B. (2019). Adição à drogas: O consumo de substâncias psicoativas por jovens, utilizando o instrumento assist. Saúde Coletiva (Barueri), 9(51), 1913-1919. https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2019v9i51p1913-1919

Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. (2020). Relatório Europeu sobre Drogas 2020: Questões chave. Serviço das Publicações da União Europeia. https://www.emcdda.europa.eu/system/files/publications/13238/TD0420439PTN.pdf

Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. (2022). Relatório Europeu das Drogas: Tendências e evoluções. https://www.emcdda.europa.eu/system/files/publications/14644/20222419_TDAT22001PTN_PDF.pdf

Oliveira, E. N., Lima, D. S., Lima, G. F., Almeida, P. C., Vasconcelos, M. I., & Aragão, J. M. (2021). Características do consumo de drogas entre estudantes do ensino médio. Gestão e Desenvolvimento, 29, 111-132. https://doi.org/10.34632/gestaoedesenvolvimento.2021.9783

Projeto de Lei n.º 116/IX da Assembleia da República (2003). https://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?BID=19215

Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (2017). Consumo frequente / de alto risco de cannabis: Sumário 2017. Lisboa: SICAD.

Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (2019). Relatório Anual 2018 - A situação do país em matéria de drogas e toxicodependências. Lisboa: SICAD – Direção de Serviços de Monitorização e Informação / Divisão de Estatística e Investigação.

Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (2022). Descriminalização do consumo. http://www.sicad.pt/PT/Cidadao/DesConsumo/Paginas/default.aspx

United Nations Office on Drugs and Crime (2019). World Drug Report 2019. https://wdr.unodc.org/wdr2019/

World Health Organization (2010). The Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST) Manual for use in primary care.

Publicado

2022-09-29

Como Citar

Santos, J. M., Teixeira, Z. de M., Soliz, M., & Guerra, M. M. (2022). Consumo de cannabis, grau de risco e policonsumos numa amostra de adultos portugueses. Revista De Enfermagem Referência, 6(1), 1–8. https://doi.org/10.12707/RV21152

Edição

Secção

Artigos de Investigação