Consulta não presencial do enfermeiro de família: Um estudo pré-experimental com pessoas idosas isoladas

Autores

  • Alda Celina Reis Veloso Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, Unidade de Saúde Familiar de Condeixa, Coimbra, Port https://orcid.org/0000-0001-5309-9911
  • Elsa Maria Oliveira Pinheiro Melo Universidade de Aveiro, Escola Superior de Saúde, Aveiro, Portugal; Universidade de Aveiro, Instituto de Biomedicina (IBIMED), Aveiro, Portugal; Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0003-0530-2895
  • João Paulo Almeida Tavares Universidade de Aveiro, Escola Superior de Saúde, Aveiro, Portugal; Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Coimbra, Portugal; Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS@RISE), Porto, Portugal https://orcid.org/0000-0003-3027-7978

DOI:

https://doi.org/10.12707/RVI23.55.31027

Palavras-chave:

pessoa idosa, isolamento social, qualidade de vida, autocuidado, telenfermagem

Resumo

Enquadramento: A solidão e/ou isolamento social (IS) representa um problema de saúde pública. Os enfermeiros de família (EF), têm um papel crucial na prevenção, identificação e intervenção dos mesmos.

Objetivo: Avaliar o impacte do acompanhamento por consulta não presencial do EF no IS, qualidade de vida (QdV) e autogestão da doença de pessoas idosas (PI) a viver só na comunidade.

Metodologia: Estudo pré-experimental com desenho pré e pós, com 24 PI. Utilizou-se na recolha de dados: a escala breve de redes sociais de Lubben, a escala World Health Organization Quality of Life Group e o instrumento de autocuidado terapêutico.

Resultados: Após a intervenção verificou-se uma melhoria no acompanhamento pelo EF (p < 0,001), um aumento de 33,3% na gestão do autocuidado e redução do risco de IS (45,8% para 33,3%). Na QdV houve um aumento no score global, contudo não estatisticamente significativo

Conclusão: O acompanhamento por consulta não presencial do EF teve efeito positivo no contacto e acompanhamento pelo EF, mitigação do IS e na melhoria de atividades de autocuidado.

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Publicado

2024-02-20

Como Citar

Veloso, A. C. R. ., Melo, E. M. O. P. ., & Tavares, J. P. A. . (2024). Consulta não presencial do enfermeiro de família: Um estudo pré-experimental com pessoas idosas isoladas. Revista De Enfermagem Referência, 6(3, Supl. 1), 1–8. https://doi.org/10.12707/RVI23.55.31027

Edição

Secção

Artigos de Investigação