As funções, a formação e a extinção dos sangradores em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.12707/RVI22060Palavras-chave:
sangria, enfermeiro, história da enfermagemResumo
Enquadramento: O século XIX caracteriza-se por profunda alteração no campo assistencial. O higienismo, a bacteriologia, impulsionam a reorganização dos serviços de saúde. Os sangradores, ofício que subsistiu regulado ao longo de quase quatro séculos é oficialmente extinto em 1870.
Objetivos: Compreender de que forma os sangradores estiveram presentes na sociedade e instituições assistenciais e como o seu lento desaparecimento foi acompanhado pelo desenvolvimento do processo de profissionalização dos enfermeiros em Portugal.
Metodologia: Inferência histórica com base no levantamento e análise crítica de fontes primárias, como seja um manual coevo e atas dos debates parlamentares; e de fontes secundárias, nomeadamente material editado (artigos, livros, teses), que no seu conjunto levem à produção de uma síntese fina interpretativa.
Resultados: Enquanto perdurou a teoria dos humores, sangrar era remédio para tudo. Com o despertar da nova medicina assiste-se ao ocaso progressivo dos sangradores a partir do final do séc. XVIII.
Conclusão: O desaparecimento oficial dos sangradores coincide com o acentuar da profissionalização dos enfermeiros, nomeadamente com o surgimento de formação estruturada.
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