Estudo psicométrico da Escala de Práticas de Enfermagem na Gestão da Dor

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12707/RIV19039

Palavras-chave:

dor, manejo da dor, cuidados de enfermagem, psicometria

Resumo

Enquadramento: A dor é gerida de forma ineficaz pelos enfermeiros, em parte pela inexistência de um instrumento capaz de medir e monitorizar esta prática.

Objetivo: Avaliar as propriedades psicométricas da Escala de Práticas de Enfermagem na Gestão da Dor.

Metodologia: Este estudo descritivo-correlacional avaliou a consistência interna através do alfa de Cronbach e a análise fatorial confirmatória através da matriz de covariâncias - algoritmo da máxima verosimilhança.

Resultados: Foram incluídos 260 enfermeiros com uma média de 35,42 anos, sendo 78,5% mulheres. Após o refinamento da escala, a consistência interna global foi de α = 0,95 e por fatores de: Avaliação inicial α = 0,85; Planeamento α = 0,76; Execução de intervenções não farmacológicas α = 0,80; Ensino à pessoa com dor α = 0,89; Registo α = 0,76; Reavaliação α = 0,81, e Execução de intervenções farmacológicas α = 0,70. Os valores médios mais elevados dos scores globais são relativos às intervenções farmacológicas (3,13 ± 0,60).

Conclusão: A escala é fiável e válida na avaliação das práticas de gestão da dor em enfermeiros portugueses. Os enfermeiros aplicam maioritariamente as intervenções farmacológicas para gerir a dor dos utentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Andersson, V., Bergman, S., Henoch, I., Ene Kerstin, W., Otterström-Rydberg, E., Simonsson, H., & Ahlberg, K. (2017). Pain and pain management in hospitalized patients before and after an intervention. Scandinavian Journal of Pain, 15(1), 22-29. doi:10.1016/j.sjpain.2016.11.006

António, C. A. (2017). Gestão da dor no serviço de urgência: Práticas dos enfermeiros (Dissertação de mestrado). Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Portugal. Recuperado de http://web.esenfc.pt/?url=MB7fbUHQ

Araujo, L. C., & Romero, B. (2015). Pain: Evaluation of the fifth vital sign: A theoretical reflection. Revista Dor, 16(4), 291-296. doi:10.5935/1806-0013.20150060

Barr, J., Fraser, G. L., Puntillo, K., Ely, E. W., Gelinas, C., Dasta, J. F., . . . Jaeschke, R. (2013). Clinical practice guidelines for the management of pain, agitation, and delirium in adult patients in the intensive care unit. Critical Care Medicine, 41(1), 263-306. doi:10.1097/CCM.0b013e3182783b72

Becker, W. C., Dorflinger, L., Edmond, S. N., Islam, L., Heapy, A. A., & Fraenkel, L. (2017). Barriers and facilitators to use of non-pharmacological treatments in chronic pain. BMC Family Practice, 18(1), 41. doi:10.1186/s12875-017-0608-2

Byrne, B. M. (2000). Structural equation modeling with AMOS: Basic concepts, applications, and programing. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates.

Cunha, M., Duarte, J., Cardoso, A., Ramos, A., Quintais, D., Monteiro, R., . . . Almeida, V. (2018). Inventário habilidades do cuidador: Estrutura fatorial numa amostra de participantes portugueses. Millenium, 2(6), 41-55. doi:10.29352/mill0206.04.00164

Dequeker, S., Van Lancker, A., & Van Hecke, A. (2018). Hospitalized patients’ vs. nurses’ assessments of pain intensity and barriers to pain management. Journal of Advanced Nursing, 74(1), 160-171. doi:10.1111/jan.13395

Drake, G., & Williams, A. C. (2017). Nursing education interventions for managing acute pain in hospital settings: A systematic review of clinical outcomes and teaching methods. Pain Management Nursing, 18(1), 3-15. doi:10.1016/j.pmn.2016.11.001

Gan, T. J., Epstein, R. S., Leone-Perkins, M. L., Salimi, T., Iqbal, S. U., & Whang, P. G. (2018). Practice patterns and treatment challenges in acute postoperative pain management: A survey of practicing physicians. Pain and Therapy, 7(2), 205-216. doi:10.1007/s40122-018-0106-9

Glowacki, D. (2015). Effective pain management and improvements in patients’ outcomes and satisfaction. Critical Care Nurse, 35(3), 33-41. doi:10.4037/ccn2015440

Hair, J., Black, W. C., Babin, B., Anderson, R. E., & Tatham, R. (2005). Multivariate data analyses (6th ed.). New York, NY: Prentice-Hall.

Hong, S.-J., & Lee, E. (2014). Effect of evidence-based postoperative pain guidelines via web for patients undergoing abdominal surgery in South Korea. Asian Nursing Research, 8(2), 135-142. doi:10.1016/j.anr.2014.05.005

Kizza, I. B., Muliira, J. K., Kohi, T. W., & Nabirye, R. C. (2016). Nurses’ knowledge of the principles of acute pain assessment in critically ill adult patients who are able to self-report. International Journal of Africa Nursing Sciences, 4, 20-27. doi:10.1016/j.ijans.2016.02.001

Kline, R. B. (2005). Principles and practice of structural equation modeling. New York, NY: The Guilford Press.

Larner, D. (2014). Chronic pain transition: A concept analysis. Pain Management Nursing, 15(3), 707-717. doi:10.1016/j.pmn.2013.04.003

Marôco, J. (2014). Análise estatística com o SPSS statistics. Pero Pinheiro, Portugal: Report Number.

Medrzycka-Dabrowka, W., Dąbrowski, S., Gutysz-Wojnicka, A., Gawroska-Krzemińska, A., & Ozga, D. (2017). Barriers perceived by nurses in the optimal treatment of postoperative pain. Open Medicine, 12, 239-246. doi:10.1515/med-2017-0037

Pretorius, A., Searle, J., & Marshall, B. (2015). Barriers and enablers to emergency department nurses’ management of patients’ pain. Pain Management Nursing, 16(3), 372-379. doi:10.1016/j.pmn.2014.08.015

Ribeiro, A. L.. (2013). A pessoa com dor crónica: Um modelo de acompanhamento de enfermagem (Dissertação de mestrado), Universidade Católica do Porto, Portugal. Recuperado de http://hdl.handle.net/10400.14/20108

Publicado

2019-09-30

Como Citar

António, C. A. S., Santos, E. J. F. dos, Cunha, M., & Duarte, J. C. (2019). Estudo psicométrico da Escala de Práticas de Enfermagem na Gestão da Dor. Revista De Enfermagem Referência, 4(22), 51–62. https://doi.org/10.12707/RIV19039

Edição

Secção

Artigos de Investigação