Resultados da implementação do protocolo da via verde do acidente vascular cerebral num hospital português

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12707/RIV18085

Palavras-chave:

acidente vascular cerebral, serviço hospitalar de emergência, fibrinólise, via verde do acidente vascular cerebral

Resumo

Enquadramento: No acidente vascular cerebral (AVC), as terapêuticas recentes são tempo-dependentes e requerem a implementação de protocolos de atendimento.

Objetivo: Analisar os resultados da implementação de um protocolo de Via Verde (VV) do AVC.

Metodologia: Análise quantitativa e retrospetiva de todos os casos com doença cerebrovascular admitidos num serviço de urgência de um hospital português, desde 2010 a 2016 (n = 1200). Foram recolhidos dados sociodemográficos, tempos assistenciais, comorbilidades e outras variáveis clínicas. Através dos registos eletrónicos, estudaram-se todas as ativações do protocolo.

Resultados: Os doentes apresentavam: 63,0% AVC isquémico, 17,2% AVC hemorrágico e 19,8% acidente isquémico transitório. A VV cobriu 37,3% (n = 282) dos casos de AVC isquémico, realizando fibrinólise 18,4% (n = 52) desses doentes. O tempo médio porta-agulha foi de 69,5 minutos. Nos doentes fibrinolisados registaram-se melhorias neurológicas significativas (p < 0,05).

Conclusão: Obteve-se uma taxa elevada de ativação da VV, mas apenas 52 doentes realizaram fibrinólise. A idade, a comorbilidade, e a elevada procedência rural dos pacientes poderão ter influenciado a janela terapêutica e os critérios de inclusão/exclusão para fibrinólise.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alonso Leciñana, M., Egido, J. A., Casado, I., Ribó, M., Dávalos, A., Masjuan, J., … Vivancos, J. (2014). Guía para el tratamiento del infarto cerebral agudo. Neurología, 29(2), 102–122. doi:10.1016/j.nrl.2011.09.012

Catanese, L., Tarsia, J., & Fisher, M. (2017). Acute ischemic stroke therapy overview. Circulation Research, 120(3), 541–558. doi:10.1161/CIRCRESAHA.116.309278

Cavalcante, T. F., Moreira, R. P., Guedes, N. G., Araujo, T. L., Lopes, M. V., Damasceno, M. M., & Lima, F. E. (2011). Intervenções de enfermagem aos pacientes com acidente vascular encefálico: uma revisão integrativa de literatura. Revista da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, 45(6), 1495–1500. doi:10.1590/S0080-62342011000600031

Chen, C. H., Tang, S. C., Tsai, L. K., Hsieh, M. J., Yeh, S. J., Huang, K. Y., & Jeng, J. S. (2014). Stroke code improves intravenous thrombolysis administration in acute ischemic stroke. PLoS ONE, 9(8). doi:10.1371/journal.pone.0104862

Correia, M., Magalhães, R., Felgueiras, R., Quintas, C., Guimarães, L., & Silva, M. (2017). Changes in stroke incidence, outcome, and associated factors in Porto between 1998 and 2011. International Journal of Stroke, 12(2), 169–179. doi:10.1177/1747493016669846

Dalloz, M. A., Bottin, L., Muresan, I. P., Favrole, P., Foulon, S., Levy, P., … Alamowitch, S. (2012). Thrombolysis rate and impact of a stroke code: A French hospital experience and a systematic review. Journal of the Neurological Sciences, 314(1–2), 120–125. doi:10.1016/j.jns.2011.10.009

Demaerschalk, B. M., Demchuk, A. M., Fugate, J. E., Grotta, J. C., Khalessi, A. A., Levy, E. I., … Smith, E. E. (2016). Scientific rationale for the inclusion and exclusion criteria for intravenous alteplase in acute ischemic stroke. Stroke, 47(2), 581–641. doi:10.1161/STR.0000000000000086

Direção-Geral da Saúde. (2017). Norma Nº 015/2017: Via verde do acidente vascular cerebral no adulto. Recuperado de https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0152017-de-13072017.aspx

Díaz-Guzmán, J., Egido-Herrero, J., Fuentes, B., Fernández- Pérez, C., Gabriel-Sánchez, R., Barberà, G., & Abilleira, S. (2009). Incidencia de ictus en España: estudio iberictus. Datos del estudio piloto. Revista de Neurología, 48(2), 61–65. doi:10.33588/rn.4802.2008577

Espuela, F., Gracia, M., Barriga, M. I., & Gutiérrez, J. (2010). Estudio descriptivo de la activación del código ictus en la unidad de ictus de Cáceres. Revista Científica de la Sociedad Española de Enfermería Neurológica, 31(1), 22–27. doi:10.1016/S2013-5246(10)70015-5

Geffner-Sclarsky, D., Soriano-Soriano, C., Vilar, C., Vilar-Ventura, R., Belenguer-Benavides, A., Claramonte, B., … Peinazo-Arias, M. (2011). Código ictus provincial: características e impacto asistencial. Revista de Neurología, 52(8), 457–464. doi:10.33588/rn.5208.2010768

Gonzales, S., Mullen, M., Skolarus, L., Thibault, D., & Udoeyo, U. (2017). Progressive rural–urban disparity in acute stroke care. Neurology, 88(5), 441–448. doi:10.1212/WNL.0000000000003562

Jauch, E. C., Saver, J. L., Adams, H. P., Bruno, A., Connors, J. J., Demaerschalk, B. M., … Yonas, H. (2013). Guidelines for the early management of patients with acute ischemic stroke: a guideline for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke, 44(3), 870–947. doi:10.1161/STR.0b013e318284056a

Lyden, P. (2017). Using the national institutes of health stroke scale. A cautionary tale. Stroke, 48(2), 513–519. doi:10.1161/STROKEAHA.116.015434

Moutinho, M., Magalhães, R., Correia, M., & Silva, M. C. (2013). A community-based study of stroke code users in northern Portugal. Acta Médica Portuguesa, 26(2), 113–122. doi:10.20344/amp.4103

Muruet, W., Rudd, A., Wolfe, C. D., & Douiri, A. (2018). Long-term survival after intravenous thrombolysis for ischemic stroke. A propensity score-matched cohort with up to 10-year follow-up. Stroke, 49(3), 607–613. doi:10.1161/STROKEAHA.117.019889

Pereira, M. S., Guedes, H. M., Oliveira, L. M., & Martins, J. C. (2017). Relação entre o sistema de triagem de Manchester em doentes com AVC e o desfecho final. Revista de Enfermagem Referência, 4(13), 93–102. doi:10.12707/RIV16079

Powers, W. J., Rabinstein, A. A., Ackerson, T., Adeoye, O. M., Bambakidis, N. C., Becker, K., … Tirschwell, D. L. (2018). 2018 Guidelines for the early management of patients with acute ischemic stroke: a guideline for healthcare professionals from the American Heart Association/ American Stroke Association. Stroke, 49(3), e46–e110. doi:10.1161/STR.0000000000000158

Silva, S., & Gouveia, M. (2012). Program “via verde do AVC”: Analysis of the impact on stroke mortality. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 30(2), 172–179. doi:10.1016/j.rpsp.2012.12.005

Publicado

2019-09-30

Como Citar

Barreira, I. M. M., Martins, M. D., Silva, N. P., Preto, P. M. B., & Preto, L. S. R. (2019). Resultados da implementação do protocolo da via verde do acidente vascular cerebral num hospital português. Revista De Enfermagem Referência, 4(22), 117–126. https://doi.org/10.12707/RIV18085

Edição

Secção

Artigos de Investigação