O ruído em neonatologia: perceção dos profissionais de saúde

Autores

  • Ernestina Maria Batoca Silva Instituto Politécnico de Viseu, Viseu, Portugal https://orcid.org/0000-0002-4401-6296
  • Ana Cristina Faria Silva Ramos Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, Espinho, Portugal https://orcid.org/0000-0002-7179-0439
  • João Carvalho Duarte Escola Superior de Saúde de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu, Portugal; Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde (CI&DETS); Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA:E), Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0001-7082-8012
  • Daniel Marques Silva Escola Superior de Saúde de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu, Portugal; Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde (CI&DETS); Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA:E), Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0003-4311-6014

DOI:

https://doi.org/10.12707/RIV18078

Palavras-chave:

ruído, unidades de terapia intensiva neonatal, pessoal de saúde, recém-nascido

Resumo

Enquadramento: É reconhecido o impacto negativo do ruído no recém-nascido em unidades de neonatologia, bem como nos pais e profissionais de saúde, sendo importante a sensibilização para a redução e controlo deste agente stressor.

Objetivos: Identificar a perceção dos profissionais de saúde sobre o ruído em neonatologia.

Metodologia: Estudo quali-quantitativo e descritivo. Amostra não probabilística com 52 profissionais de saúde. Utilizou-se um questionário ad-hoc construído para o efeito.

Resultados: Os profissionais, na sua maioria, consideram a unidade de neonatologia ruidosa, incómoda no desempenho de funções e consideram existir efeitos adversos do ruído, apesar de apresentarem poucos conhecimentos sobre os valores de decibéis recomendados para uma unidade neonatal.

Conclusão: A perceção dos profissionais de saúde sobre o ruído indica a necessidade de implementação de um programa de redução de ruído. Considerou-se pertinente a formação e envolvimento da equipa, de forma a serem elementos ativos e mobilizadores na adoção de medidas que promovam um ambiente acusticamente mais saudável para o recém-nascido e bem-estar dos pais e dos profissionais de saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2015). Manual: Conforto ambiental em estabelecimentos assistenciais de saúde (Versão 1.1). Brasília, Brasil: Autor.

Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo (4ª ed.). Lisboa, Portugal: Edições 70.

Caple, C., & Hurst, A. (2016). Noise and neonatal intensive care. Cinahl information systems, 1-3.

Carvalhais, C., Santos, J., Coelho, M., Xavier, A., & Silva, M. (2016). Health care staff perception of noise in neonatal intensive care units: A questionnaire survey from NeoNoise project. In P. Arezes, J. S. Baptista, M. Barroso, P. Carneiro, P. Cordeiro, N. Costa … G. Perestrelo (Eds.), Occupational safety and hygiene (Vol. 4, pp.567-571). Philadelphia, PA: CRC Press, Taylor & Francis.

Correia, C., Mendonça, A., & Souza, N. (2014). Produção científica sobre ruídos na unidade de terapia intensiva neonatal: Revisão integrativa. Revista Enfermagem UFPE on line, 8(1), 2406-2412. doi:10.5205/relou. 5927-50900-1-SM.0807suppl201428.

Coughlin, M. (2017). Trauma-informed care in the NICU: Evidence-based practice guidelines for neonatal clinicians. New York, NY: Springer Publishing Company.

Daniele, D., Pinheiro, E., Kakehashi, T., & Balieiro, M. (2012). Conhecimento e percepção dos profissionais a respeito do ruído na unidade neonatal. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 46(5), 1041-1047. doi:10.1590/S0080-62342012000500002

Degorre, C., Ghyselen, L., Barcat, L., Dégrugilliers, L., Kongolo, G., Leké, A., & Tournex, P. (2017). Nuisances sonores en reanimation neonatal: Impact d’un outil de monitorage. Archives de Pédiatrie, 24(2), 100-106. doi: 10.1016/j.arcped.2016.10.023

Dinis, S. M., & Rabiais, I. C. (2017). Fatores que interferem na resposta dos enfermeiros na monitorização dos alarmes clínicos. Revista Brasileira de Enfermagem, 70(1),172-179. doi:10.1590/0034-7167-2015-0092

Direção-Geral da Saúde. Departamento da Qualidade na Saúde. (2016). Manual de standards: Hospitais (2ª ed.). Recuperado de https://www.dgs.pt/ms/8/pagina.aspx?js=0&codigoms=5521&codigono=02090250AAAAAAAAAAAAAAAA

Ferraz, L. P. (2017). Cuidados centrados no desenvolvimento do recém-nascido prematuro (Dissertação de mestrado). Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Portugal.

Marques, J. (2014). A minimização do ruído como um cuidado desenvolvimental nas unidades de neonatologia. Sinais Vitais, 113, 47-55.

Pineda, R., Durant, P., Mathur, A., Inder, T., Wallendorf, M., & Schlaggar, B. (2017). Auditory exposure in the neonatal intensive care unit: Room type and other predictors. The Journal of Pediatrics, 183, 56-66. doi:10.1016/j.jpeds.2016.12.072

Reeves-Messner, T., & Spilker, A. (2017). Shh…babies growing: A clinical practice guideline for reducing noise level in the neonatal intensive care unit. Journal of Neonatal Nursing, 23(4), 199-203. doi: 10.1016/j.jnn.2017.02.006

Santana, L., Silva, L., Silva, R., Carvalho, J., Santana, W., Barbosa, L, & Ruas, E. (2015). Quantificação dos ruídos sonoros em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Mineira de Enfermagem, 19(2), 27-31. doi:10.5935/1415-2762.20150023

White, R., Smith, J., & Shepley, M. (2013). Practice guidelines: Recommended standards for newborn ICU design, eighth edition. Journal of Perinatology, 33, S2-S16. doi:10.1038/jp.2013.10

Publicado

2019-03-29

Como Citar

Silva, E. M. B., Ramos, A. C. F. S., Duarte, J. C., & Silva, D. M. (2019). O ruído em neonatologia: perceção dos profissionais de saúde. Revista De Enfermagem Referência, 4(20), 67–76. https://doi.org/10.12707/RIV18078

Edição

Secção

Artigos de Investigação