A espiritualidade em saúde
DOI:
https://doi.org/10.48492/servir022.23693Palabras clave:
espiritualidade, Ser humanoResumen
INTRODUÇÃO
O ser humano é um ser espiritual …
- Dotado de inteligência, vontade e sensibilidade.
- Com uma profunda relação social, com capacidade de amar e de ser amado.
- Com o controle da mente sobre o corpo, e a superioridade do espirito sobre a matéria.
- É, por isso, um ser em projeto: um ser decididor e simbolizador, um ser com relação e em crescimento, um ser com necessidades.
Quando alguém adoece, enfraquece no seu todo. Não é apenas o corpo que adoece, é também a sua capacidade de ser integral. À sua perda biológica correspondem depois outras perdas:
- Perdas psicológicas e afetivas, ao nível da inteligência e da vontade.
- Perdas culturais, perante o património de cada lugar.
- Perdas sociais, ao nível da relação profissional, da mudança de ambientes.
- Perdas naturais, provocadas pelo mal-estar, que a própria doença comporta.
- E até, perdas espirituais e religiosas na sensibilidade que lhes são próximas.
DESENVOLVIMENTO
A espiritualidade, no ser humano, adquire uma importância fundamental no equilíbrio da pessoa. Por isso, pode ser através dela que a pessoa se reequilibra: É cultura, é relação e é transcendência:
- A cultura é uma forma privilegiada de espiritualidade. Por isso, em tempo de recuperação e de convalescença exige-se a leitura, a música, a arte em todas as suas dimensões.
- As relações humanas constituem uma forma de espiritualidade marcada pela comunicação e a sensibilidade. As relações humanas vencem a solidão, uma das situações mais difíceis, quando alguém está enfermo, numa unidade de saúde, ou no domicílio.
- A transcendência consiste na capacidade de ultrapassar os próprios limites, indo ao encontro de um ser superior que orienta toda a vida. Assim sendo, é muito importante a prespectiva religiosa que todo o ser humano tem em relação com Deus, referencia para todas as etapas da vida.
A espiritualidade no seu todo tem uma extraordinária dimensão terapêutica porque ocupa a inteligência e a vontade quando se está em crise, porque desafia a esperança e convida à relação com Deus, segundo a opção religiosa de cada um.
O acompanhamento em “ Terapia de Compaixão” é indispensável ao doente nas fases mais difíceis da sua evolução clínica.
A presença constante dos profissionais, na atenção a cada fase do cuidado terapêutico, abre a porta à compaixão e dá origem ao “não abandono”. Aliás, os profissionais têm de prestar assistência continuamente, mesmo nas situações mais difíceis.
A assistência dos familiares, é também indispensável com todas as relações afetivas, num tempo que carece de “paliativos”, de ternura e de carinho, tão importantes como os paliativos químicos.
Cada confissão religiosa tem a sua força de acompanhamento espiritual. A fé católica permite, no encontro com Deus, a serenidade e a confiança que abre a porta à esperança.
- A oração alarga o nível de confiança, permitindo acreditar que não se está só, porque Deus está sempre presente.
- Os Sacramentos: a Unção dos enfermos, um sacramento de vida, e o Sagrado Viático, uma etapa ao encontro de Deus.
- A Eucaristia, uma refeição de alegria e de paz, em tempo de sofrimento.
CONCLUSÕES
A vida espiritual de uma pessoa e de uma comunidade cristã, é o apoio no tempo da enfermidade, mesmo de doença irreversível. A espiritualidade de natureza religiosa, segundo a confissão de cada um, é também elemento de cura ou de acompanhamento que alivia o sofrimento.
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