Viver ou sobreviver à morte

revisão integrativa

Autores

  • Ana Isabel Pereira de Sá Fernandes Mestre em Enfermagem Médico-Cirúrgica, Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico- Cirúrgica. Doutoranda em Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Católica Portuguesa, Porto, Portugal, Enfermeira na Ambulância de Suporte Imediato de Vida do Instituto Nacional de Emergência Médica.
  • Sílvia Patrícia Coelho Doutora em Enfermagem, Mestre em Enfermagem Médico-Cirúrgica, Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica. Professora do Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Católica Portuguesa

DOI:

https://doi.org/10.48492/servir021-2.24498

Palavras-chave:

morte, atitude frente à morte, emoções, proflssionais de saúde

Resumo

Introdução:  A morte é um acontecimento natural, que obriga o ser humano a confrontar-se com a mesma durante a sua vida.

Materiais e Métodos: O objetivo desse estudo foi realizar uma pesquisa da literatura do que existe publicado nos últimos 6 anos sobre os sentimentos dos profissionais e estudantes da área das ciências da saúde face à morte. Trata-se de uma revisão de literatura do tipo descritivo. Os dados foram obtidos através das bases de dados b-ON e SCIELO.

Resultados: O ser humano tem dificuldades em aceitar a própria morte porque implica aceitar a finitude da vida. É comum haver negação da morte pois negar permite afastar o pensamento da mesma. 

Discussão:  A morte acarreta diversos sentimentos nos profissionais e estudantes da área das ciências da saúde como impotência, frustração, angústia, que se tornam mais intensos quando esta é inesperada ou em idade pediátrica. Conclusão: A morte causa desconforto ao ser humano, dado que realça a impotência face à terminalidade e/ou finitude porque não a consegue evitar.

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Publicado

2019-12-31

Como Citar

Fernandes, A. I. P. de S., & Coelho, S. P. (2019). Viver ou sobreviver à morte: revisão integrativa. Servir, 60(1-2), 94–100. https://doi.org/10.48492/servir021-2.24498

Edição

Secção

Artigos