A difusão da telemedicina em Portugal: dos benefícios prometidos aos riscos de um sistema de cuidados duas velocidades
DOI:
https://doi.org/10.7458/SPP20209312257Palavras-chave:
telemedicina, telemonitorização, tecnologias da informação e comunicação em saúde, saúde em linha, saúde móvel, desigualdades em saúdeResumo
O objetivo primário deste artigo é analisar a política de implementação da telemedicina, à luz das possíveis repercussões que a sua difusão pode induzir, quer na prática médica quotidiana, quer, mais em geral, na organização do SNS. A análise baseia-se em dados secundários obtidos a partir de atos normativos e relatórios publicados pelo Ministério da Saúde e pela Comissão Europeia, tanto no âmbito específico da e-Health, quanto naquele mais abrangente da inovação tecnológica em saúde. Após avaliar os principais eixos da estratégia pública de promoção da telemedicina, realçamos a necessidade de uma visão crítica que acompanhe a difusão dos serviços à distância na prática médica, a fim de evitar repercussões negativas, entre as quais o aumento da tendência de privatização dos serviços de saúde e o agravamento das desigualdades, com o risco inerente de criar um sistema de cuidados de saúde “a duas velocidades”.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.