“Se estava tudo bem, porque é que eu havia de ir a uma obstetra?”: identidade, risco e consumo de tecnologia médica no parto domiciliar em Portugal

Autores

  • Mário J. D. S. Santos CIES-IUL
  • Amélia Augusto UBI e CIES-IUL

DOI:

https://doi.org/10.7458/SPP2016825922

Resumo

O parto domiciliar contemporâneo é um fenómeno raro, pouco visível e, enquanto terreno empírico, é pouco explorado. Partindo de entrevistas a mulheres e casais que experienciaram um parto em casa planeado, o artigo pretende fornecer um primeiro retrato sociológico do fenómeno em Portugal. Este surge não como um retorno ao tradicional ou uma procura de uma experiência mística, mas antes como um acontecimento físico concreto, grandemente enformado por conhecimento científico e médico, que se inscreve numa procura de coerência identitária. Emergiram diversas perceções de risco social e de risco médico, tornando-se visível um consumo reflexivo de tecnologias médicas modelado por essas mesmas perceções. Ainda que destitua algum do protagonismo da medicina na gravidez e no parto, de facto não pode dizer-se que se trate de um fenómeno de desmedicalização.

Biografias Autor

Mário J. D. S. Santos, CIES-IUL

Doutorando em sociologia. Bolseiro de doutoramento FCT no CIES-IUL.

Amélia Augusto, UBI e CIES-IUL

Doutorada em sociologia. Professora Auxiliar na UBI.

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Publicado

2016-07-29

Edição

Secção

Artigos