Tecnologia, complexidade e risco: a teoria dos sistemas sociais na análise dos discursos e regulação de risco nos sistemas sociotécnicos

Autores

  • Tom R. Burns
  • Nora Machado

Resumo

O ponto de partida deste artigo é a teoria dos sistemas sociais apresentada na parte I, ou seja, a dinâmica actor-sistema, em contraposição a perspectivas como a de Ulrich Beck, que, em particular, rejeita o teorizar sistemático, ao mesmo tempo que denigre a sociologia empírica. Este artigo salienta que a sociedade contemporânea (definida por Beck como “sociedade de risco”) não é tão ameaçada por riscos elevados, sendo antes caracterizada pelos discursos generalizados de risco (em grande parte devido ao próprio Beck) — elaborações teóricas acerca do risco, formas de gestão do risco, consciência de risco. O que é verdadeiramente uma característica da sociedade moderna é a existência de poderes discricionários para determinar dimensões e níveis de risco, assim como medidas reguladoras. Por outras palavras, na sociedade moderna existe a opção de arquitetar, ou não, uma tecnologia, regulá-la fortemente, ou não, limitar ou banir o seu uso, permitir, ou não, a sua aplicação generalizada, bem como definir em que condições isso pode ocorrer.

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Publicado

2016-02-15

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Artigos