Tecnologia, complexidade e risco: a teoria dos sistemas sociais na análise dos discursos e regulação de risco nos sistemas sociotécnicos
Resumo
O ponto de partida deste artigo é a teoria dos sistemas sociais apresentada na parte I, ou seja, a dinâmica actor-sistema, em contraposição a perspectivas como a de Ulrich Beck, que, em particular, rejeita o teorizar sistemático, ao mesmo tempo que denigre a sociologia empírica. Este artigo salienta que a sociedade contemporânea (definida por Beck como “sociedade de risco”) não é tão ameaçada por riscos elevados, sendo antes caracterizada pelos discursos generalizados de risco (em grande parte devido ao próprio Beck) — elaborações teóricas acerca do risco, formas de gestão do risco, consciência de risco. O que é verdadeiramente uma característica da sociedade moderna é a existência de poderes discricionários para determinar dimensões e níveis de risco, assim como medidas reguladoras. Por outras palavras, na sociedade moderna existe a opção de arquitetar, ou não, uma tecnologia, regulá-la fortemente, ou não, limitar ou banir o seu uso, permitir, ou não, a sua aplicação generalizada, bem como definir em que condições isso pode ocorrer.Downloads
Publicado
2016-02-15
Edição
Secção
Artigos
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.