Influência da luz led azul no crescimento de fungos e bactérias in vitro
DOI:
https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32226Palavras-chave:
Bactericida, Diodo Emissor de Luz, MicrorganismosResumo
Os LEDs, ou diodos emissores de luz, são semicondutores capazes de transformar corrente elétrica em um espectro luminoso incoerente, onde a profundidade de penetração atingida por ele varia de acordo com seu comprimento de onda e pode afetar o metabolismo celular, desencadeando reações fotoquímicas intracelulares. Atualmente, existem inúmeros trabalhos indicando o efeito da luz visível na inibição do crescimento de patógenos, principalmente relacionados com a luz azul (400-500 nm). Acredita-se que o mecanismo de ação pelo qual o LED azul age, esteja realmente relacionado à excitação que ele causa nas porfirinas, substâncias fotossensíveis sintetizadas pelas bactérias. Em laboratório, amostras dos vegetais cenoura, beterraba, alface e couve com 1 cm x 1 cm foram submetidas à exposição de luz de LED azul pelo equipamento Fluence HTM LED, no comprimento de onda 470 nm em dois tempos de exposição diferentes (3 e 5 minutos), a uma distância de 5 centímetros. Em seguida, as amostras foram inoculadas em placas de Petri contendo meio de cultura BDA e incubadas em temperatura de 25 graus Celsius por 10 dias. Para cada vegetal, foram utilizadas 4 amostras por placa, com 4 repetições, para cada um dos tempos de exposição à luz LED, e 4 placas utilizadas como testemunha, cujas amostras não foram submetidas à exposição do LED. As placas foram avaliadas visualmente para inspeção do número de colónias de bactérias e crescimento fúngico por meio de identificação de hifas. Em nenhum dos tratamentos, para todos os vegetais analisados, observou-se a diminuição do crescimento dos microrganismos, tanto para o tempo de exposição de 3 minutos, quanto para o tempo de exposição de 5 minutos, quando comparados com a testemunha. Outros testes foram feitos em laboratório com amostras infectadas e desinfectadas (com álcool 70% e hipoclorito de sódio) dos vegetais cenoura, beterraba, alface e couve com 1 cm x 1 cm e submetidas à exposição de luz de LED azul pelo equipamento Fluence HTM LED, no comprimento de onda 470 nm a uma distância de 5 centímetros. Para cada vegetal, foram utilizadas 4 amostras por placa, com 4 repetições, sendo 2 repetições infectadas e 2 repetições desinfectadas, no tempo de exposição de 15 minutos e 2 placas utilizadas como testemunha, sendo uma infectada e a outra desinfectada, cujas amostras não foram submetidas à exposição do LED. Após a análise das placas, observou-se a diminuição do crescimento dos microrganismos nos tratamentos somente nas repetições desinfectadas, quando comparados com a testemunha. Nas amostras que não foram submetidas à desinfecção prévia, observou-se a não diminuição do crescimento dos microrganismos para o tempo de exposição de 3, 5 e 15 minutos sob a luz do LED a 470 nm, quando comparadas à testemunha. Segundo Lubart et al. (2011), a luz azul a 415 nm é melhor para a diminuição das bactérias. A luz de LED azul é uma tecnologia emergente com o potencial de revolucionar a maneira como controlamos microrganismos em alimentos de forma eficaz, segura e ambientalmente amigável.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Marcelo Henrique Savoldi Picoli, Helen Ruzzene

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do artigo publicado nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.