Adaptação de variedades de brócolo (Brassica oleracea L. var. italica Plenck) à colheita mecânica

Autores

  • Artur José Guerra Artur José Guerra Amaral Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior Agrária; Centro de Investigação em Qualidade de Vida (CIEQV) https://orcid.org/0000-0002-0668-6731
  • Tiago Reis Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior Agrária

DOI:

https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32373

Palavras-chave:

Brassica oleracea L. var. italica Plenck, colheita mecânica, matéria seca, produtividade, variedades

Resumo

A cultura do brócolo para indústria na região da Lezíria Tejo assume grande importância económica e agronómica. Nesta região estão concentradas as unidades industriais que se destinam ao processamento desta cultura na forma de ultracongelados. Embora seja possível a mecanização da colheita das cabeças, esta ainda é realizada manualmente. O desenvolvimento de equipamentos de colheita robotizados, capazes de selecionar e colher as cabeças de acordo com o seu diâmetro, implica a necessidade de avaliar a adaptação de novas variedades a essa prática, sem descurar os aspetos da produtividade, tolerância às doenças e qualidade para indústria. No período de outubro de 2022 a janeiro de 2023 foi instalado um ensaio em parcelas totalmente aleatórias, na Quinta do Galinheiro (ESAS), com o objetivo de avaliar a adaptação das variedades “Parthenon” e “Titanium” à colheita robotizada do brócolo. A variedade “Parthenon” apresentou uma produtividade média significativamente (p<0,05) superior (9 541 kg/ha) em à relação à “Titanium” (6 722 kg/ha). O diâmetro médio das cabeças de “Parthenon” foi também significativamente (p<0,01) superior (142,7 mm) à “Titanium” (113,3 mm). A variedade “Titanium” apresentou, no entanto, uma maior percentagem do peso seco dos caules, 27,4 % em relação ao peso seco total de matéria seca da planta, enquanto na “Parthenon” essa percentagem foi de apenas 18,4 %. As plantas da variedade “Titanium” apresentam caules de maior dimensão, formando a cabeça a uma maior altura do solo e destacada em relação às últimas folhas, favorecendo deste modo a colheita robotizada das cabeças. A formação das cabeças ocorreu por volta dos 48 Dias Após a Plantação (DAP) com um somatório de temperaturas de 634ºC, considerando uma temperatura base de 4ºC, não se registando diferenças entre as variedades. 

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Publicado

2023-12-31

Como Citar

Artur José Guerra Amaral, A. J. G., & Coelho dos Reis, T. A. F. (2023). Adaptação de variedades de brócolo (Brassica oleracea L. var. italica Plenck) à colheita mecânica. Revista Da UI_IPSantarém, 11(3), 36–37. https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32373