Estratificação pré-terapêutica do carcinoma do endométrio por ressonância magnética – papel do estudo dinâmico após administração de contraste endovenoso e do estudo ponderado em difusão

Autores

  • Mariana Horta Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Lisboa
  • Teresa Margarida Cunha Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil

DOI:

https://doi.org/10.25748/arp.13305

Resumo

O carcinoma do endométrio apresenta uma taxa de incidência em Portugal de cerca de 7.2%, sendo a 5ª neoplasia mais comum na mulher. Apesar de apresentar uma prevalência relativamente elevada, o seu prognóstico global é favorável, uma vez que 75% dos casos são diagnosticados em estádio precoce.
O estudo por ressonância magnética é geralmente efectuado após a realização de uma ecografia para avaliação de uma hemorragia uterina anormal e após o diagnóstico histológico por histeroscopia ou ressecção. Contudo, a ressonância magnética pode apresentar um papel determinante no diagnóstico em casos de impossibilidade de biópsia e nos quais a biópsia é inconclusiva. Além do mais, apesar de esta técnica não ser contemplada na classificação para o estadiamento do carcinoma do endométrio da International Federation of Gynecology and Obstetrics de 2009, apresenta uma função fundamental no estadiamento pré-operatório destas doentes, sendo crucial para definir a abordagem cirúrgica e terapêutica.
No presente artigo, as autoras descrevem o estado da arte da ressonância magnética funcional no diagnóstico e no estadiamento do carcinoma do endométrio, chamando a atenção para o papel do estudo dinâmico após administração de contraste endovenoso e do estudo ponderado em difusão nestes cenários através da revisão da literatura mais recente sobre este tópico.

Biografias Autor

Mariana Horta, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Lisboa

Serviço de Radiologia

Teresa Margarida Cunha, Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil

Serviço de Radiologia

Referências

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Publicado

2017-10-17

Edição

Secção

Artigos Revisão