Biópsia Mamária Assistida por Vácuo: Papel Diagnóstico e Terapêutico

Autores

  • Sofia Frade Santos Departamento de Radiologia, Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0001-8609-2265
  • Gonçalo Freire Departamento de Radiologia, Hospital Beatriz Ângelo, Loures, Portugal https://orcid.org/0000-0002-5597-3104
  • Delfim Doutel Departamento de Anatomia Patológica, Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0002-1132-1913
  • Saudade André Departamento de Anatomia Patológica, Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0002-0602-827X
  • José Carlos Marques Departamento de Radiologia, Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25748/arp.25553

Resumo

Introdução

A biópsia mamária assistida por vácuo (BAV) pode ter intenção diagnóstica e/ou terapêutica. Este estudo tem como objetivo a correlação imagiológica e anátomo-patológica de lesões submetidas a BAV.

Material e Métodos

Realizámos um estudo retrospetivo, que incluiu 221 BAV (guiadas por estereotaxia ou ecografia) efetuadas no Instituto Português de Oncologia de Lisboa/IPOLFG, num período de 15 meses. Avaliámos as características imagiológicas e os respetivos diagnósticos anátomo-patológicos na BAV e na peça operatória.

 

Resultados/Discussão

Características imagiológicas: microcalcificações (56,1%); nódulos (33%); distorção arquitetural (4,5%); assimetrias de densidade (2,3%). Diagnósticos anátomo-patológicos: lesões benignas (44,8%); lesões de potencial maligno incerto/lesões B3 (22,2%), incluindo 23 papilomas (l0,4%); carcinoma ductal in situ/CDIS (23,5%); carcinoma invasivo sem tipo especial/CI (9,5%). Casos com cirurgia no IPOLFG=31,3%, com os seguintes diagnósticos em BAV: lesões benignas (2,8%); lesões B3 (15,7%); CDIS (54,3%); CI (27,1%). Nas lesões benignas e B3 não observámos upgrade nas peças operatórias. Dos 19 papilomas com follow-up, apenas 1 não foi excisado na BAV. Dos CDIS, 5,2% não tinham lesão residual na peça operatória e verificámos upgrade em 21,1%, metade para carcinoma microinvasivo e metade para CI, 1 com metástase axilar com 3 mm. Nos CI com CDIS na BAV, registámos downgrade em 14,3%, por ausência de invasão na peça operatória.

Conclusões

A baixa percentagem de casos submetidos a cirurgia pós-BAV comprova a sua eficácia na avaliação de lesões benignas e lesões B3. Nas peças operatórias dos CDIS, verificámos ausência de lesão residual em 5,2% e upgrade em 21,1% casos, em metade destes para carcinoma microinvasivo.

Publicado

2022-01-13

Edição

Secção

Artigos Originais