Para Além da Mielite Transversa: A Importância da Neurorradiologia no Diagnóstico do Enfarte Medular

Uma Nova Perspectiva sobre a Mielite: O Papel da Neurorradiologia no Enfarte Medular Espinal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25748/arp.41598

Palavras-chave:

Mielite Transversa, Isquemia do Cordão Espinal, Imagem por Ressonância Magnética, Diagnóstico

Resumo

O infarto medular é uma condição rara, mas grave, frequentemente confundida com mielite transversa devido à semelhança clínica e radiológica. A diferenciação entre etiologias vasculares e inflamatórias é essencial para o manejo adequado. A neurorradiologia tem papel central nesse processo, com a ressonância magnética sendo o principal exame diagnóstico. As causas mais comuns incluem doenças da aorta, embolia fibrocartilaginosa e causas idiopáticas. Apresentamos o caso de um homem de 53 anos, com histórico de hipertensão e obesidade, que apresentou dor lombar progressiva com piora aguda, dormência no membro inferior direito e retenção urinária. A ressonância magnética evidenciou infarto agudo da medula espinhal com envolvimento do corpo vertebral adjacente, reforçando a etiologia vascular. A mielite transversa foi inicialmente considerada, mas descartada após avaliação neurorradiológica. O paciente foi tratado com corticosteroides, aspirina, estatinas e analgésicos. Evoluiu com melhora clínica e funcional após início da fisioterapia, apesar de limitações iniciais devido à dor. Este caso destaca a importância do diagnóstico precoce por imagem, do papel da neurorradiologia na definição etiológica das mielopatias agudas e da necessidade de maior acesso à reabilitação precoce para otimizar o prognóstico funcional.

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Publicado

2025-11-19

Edição

Secção

Imagens de Interesse