Um conto de duas eleições: informação, raciocínio motivado e a economia nas eleições portuguesas de 2011 e 2015

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31447/AS00032573.2017225.01

Palavras-chave:

eleições, voto económico, raciocínio motivado, políticas de austeridade

Resumo

Pensa-se que o desempenho da economia é um poderoso factor na explicação do desempenho eleitoral dos partidos do governo, e que o crescimento do PIB e o desemprego são os “dois grandes” factores envolvidos. No entanto, enquanto o Partido Socialista perdeu cerca de um quarto dos votos em 2011 sob uma profunda recessão económica e com o desemprego a crescer, a coligação de centro-direita sofreu perdas semelhantes em 2015 sob uma economia em recuperação e com crescimento do emprego. Por que razão sucedeu isto? Exploro três hipóteses: (1) a economia ter-se-á tornado um tema menos saliente para os eleitores em 2015; (2) a responsabilidade pelos resultados da economia ter-se-á tornado mais difusa em 2015; e (3) as avaliações da evolução da economia por parte dos eleitores foram mais contaminadas pela identificação partidária e mais afetadas pelos seus recursos cognitivos e experiências económicas pessoais em 2015.

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Publicado

2017-12-29

Como Citar

Magalhães, P. (2017). Um conto de duas eleições: informação, raciocínio motivado e a economia nas eleições portuguesas de 2011 e 2015. Análise Social, 52(225), 736–758. https://doi.org/10.31447/AS00032573.2017225.01

Edição

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Artigos