Autonomia e politização nas elites administrativas portuguesas, 1999-2009
DOI:
https://doi.org/10.31447/AS00032573.2015214.05Palavras-chave:
recrutamento, elites administrativas, autonomia profissional, politizaçãoResumo
Como caracterizar as elites administrativas portuguesas do ponto de vista da autonomia profissional e da politização? Prevalece em Portugal um padrão de autonomia profissional na administração direta do Estado, embora se mantenham traços de uma certa politização clientelar na administração territorial. De resto, tem emergido um novo tipo de politização (de controlo) na administração central, localizada nos gabinetes ministeriais e dos institutos públicos – em linha com o que se passa noutras democracias ocidentais. Da análise do perfil das elites administrativas resulta assim um padrão híbrido, que contém elementos (predominantes) de autonomia profissional, na administração direta, mas também elementos (localizados) de controlo político (nos institutos públicos), e mesmo de politização clientelar na administração territorial.