Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31447/AS00032573.2008187.02

Palavras-chave:

perigo, indústria, racionalidade tecnológica, interpretação do infortúnio

Resumo

Na indústria moçambicana mais actualizada (fundição de alumínio Mozal), os operários regem o seu trabalho por uma estrita racionalidade tecnológica, mas os anteriores sistemas locais de domesticação do infortúnio, envolvendo espíritos e feitiçaria, são partilhados ou suscitam uma dúvida plausível à maioria deles. Estas racionalidades coexistem em paralelo, com âmbitos de aplicação separados: ou a normalidade do funcionamento tecnológico, ou a interpretação dos acidentes que a subvertem. Por isso, e por ambos os sistemas exigirem atitudes securitárias semelhantes, não são contraditórios nem põem em causa a produtividade e a segurança. Não há razões para que a hegemonia da racionalidade tecnológica leve ao abandono das racionalidades «tradicionais».

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Publicado

2008-06-30

Como Citar

Granjo, P. . (2008). Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana. Análise Social, 43(187), 223–249. https://doi.org/10.31447/AS00032573.2008187.02

Edição

Secção

Artigos