A vida vem primeiro, mas o estilo de vida também interessa: respostas estéticas à angústia pandémica
DOI:
https://doi.org/10.31447/AS00032573.2023246.09Palavras-chave:
Covid-19, beleza, autocuidado, estilo de vidaResumo
A indústria da beleza tem sido considerada à prova de recessão. Contudo, os confinamentos estabelecidos pela pandemia trouxeram alterações significativas às nossas rotinas de autocuidado. Será a cirurgia estética entendida pelos consumidores como uma estratégia para lidar com a ansiedade, melhorar as nossas vidas por dentro e por fora e aumentar a dignidade, felicidade e autoestima? Qual é a aparência estética que queremos ter após terem sido levantadas as medidas de distanciamento? As condições específicas do momento presente estão ligadas à perspetiva de uma competição acrescida? As ansiedades pessoais, motivos e desejos resistem à quantificação simples e são frequentemente descartadas ou ignoradas na literatura económica. A etnografia fornece a possibilidade de uma abordagem diferente, permitindo uma melhor compreensão das respostas emocionais e comportamentais dos consumidores ao surto do Coronavírus.