Liminaridade e metamorfose: uma reflexão antropológica sobre uma desordem psiquiátrica
DOI:
https://doi.org/10.31447/AS00032573.2000153.06Palavras-chave:
liminaridade, transformação ontológica, invisibilidade estruturalResumo
Este ensaio assenta sobre o conceito clássico de «liminaridade» à luz de uma redefinição turneriana. Liminaridade - qualidade do que está na ombreira - comporta dois universos de sentido, que se articulam: o de «transformação ontológica» e o de «invisibilidade estrutural». Aplicando o conceito a trabalho etnográfico realizado no Hospital Júlio de Matos, o autor aborda a transformação ontológica enquanto metamorfose. De seguida, analisa a passagem da invisibilidade à visibilidade estrutural. Os sujeitos do estudo, que se encontravam na penumbra social, acedem através de um idioma culturalmente específico a espaços iluminados. Assim, passam a poder definir com acuidade classificatória o seu lugar no mundo.
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Publicado
2000-06-30
Como Citar
Quintais, L. (2000). Liminaridade e metamorfose: uma reflexão antropológica sobre uma desordem psiquiátrica. Análise Social, 34(153), 985–1005. https://doi.org/10.31447/AS00032573.2000153.06
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Artigos