Efeitos da Dexmedetomidina Intravenosa nas Características do Bloqueio Sensorial e Motor em Adultos Submetidos à Cirurgia Infraumbilical sob Bloqueio Subaracnóideo
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.42745Palavras-chave:
Bloqueio Nervoso, Dexmedetomidina/uso terapêutico, Raquianestesia.Resumo
Introdução: O bloqueio subaracnóide é potenciado pela administração intratecal de adjuvantes (opióides, α2-agonistas, etc.). Um potente α2-agonista, a dexmedetomidina, causa sedação e analgesia quando administrada por via intravenosa. O seu uso intratecal não está aprovado. Este estudo foi desenhado para avaliar os efeitos da dexmedetomidina intravenosa no bloqueio subaracnóide (BSA).
Métodos: Sessenta doentes de grau 1-2 da Sociedade Americana de Anestesiologistas, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18-60 anos, submetidos a cirurgia infraumbilical sob BSA, foram randomizados em dois grupos: o grupo-C, que recebeu 50 mL de soro fisiológico, e o grupo-D, que recebeu uma infusão de dexmedetomidina (0,5 mcg/kg em 50 mL de soro fisiológico) durante 15 minutos após o BAS. O início e a duração dos bloqueios sensitivos e motores foram medidos. A frequência cardíaca (FC), a pressão sistólica (PAS), a pressão diastólica (PAD) e a pressão arterial média (PAM) foram registadas no pré-operatório, no momento do BSA e 2, 4, 6, 8, 10, 15, 20, 25, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos após o BSA. A sedação intraoperatória foi avaliada antes da infusão do fármaco (pós-BSA) e 30 e 60 minutos após o BSA. A dor e a sedação pós-operatórias foram avaliadas às 1, 2, 4, 8, 12 e 24 horas.
Resultados: O Grupo-D apresentou início de bloqueio sensitivo mais rápido e maior duração do bloqueio sensitivo e motor que o Grupo-C (p<0,05). O Grupo-C apresentou FC, PAS, PAD e PAM mais elevados que o Grupo-D. A sedação foi maior e a dor menor no Grupo-D (p<0,05).
Conclusão: A dexmedetomidina causa início de bloqueios sensitivos mais rápidos, bloqueios sensitivos e motores mais prolongados com estabilidade hemodinâmica, melhor...
Downloads
Referências
1. Swain A, Nag DS, Sahu S, Samaddar DP. Adjuvants to local anesthetics: Current understanding and future trends. World J Clin Cases. 2017;5:307-23. doi: 10.12998/wjcc.v5.i8.307.
2. Scott-Warren VL, Sebastian J. Dexmedetomidine: its use in intensive care medicine and anesthesia. BJA Education. 2016; 16: 242-6.
3. Lee S. Dexmedetomidine: present and future directions. Korean J Anesthesiol. 2019;72:323-30. doi: 10.4097/kja.19259.
4. Li R, Qi F, Zhang J, Ji Y, Zhang D, Shen Z, Lei W. Antinociceptive effects of dexmedetomidine via spinal substance P and CGRP. Transl Neurosci. 2015;6:259-64. doi: 10.1515/tnsci-2015-0028.
5. Wang X, Liu N, Chen J, Xu Z, Wang F, Ding C. Effect of Intravenous Dexmedetomidine During General Anesthesia on Acute Postoperative Pain in Adults: A Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials. Clin J Pain. 2018;34:1180-91. doi: 10.1097/AJP.0000000000000630.
6. Sachdeva A, Jaswal S, Walia HS, Batra YK. Correlating the Depth of Sedation Between the Ramsay Sedation Scale and Bispectral Index Using Either Intravenous Midazolam or Intravenous Propofol in Elderly Patients Under Spinal Anaesthesia. Cureus. 2023;15:e50763. doi: 10.7759/cureus.50763.
7. Atisook R, Euasobhon P, Saengsanon A, Jensen MP. Validity and Utility of Four Pain Intensity Measures for Use in International Research. J Pain Res. 2021;14:1129-39. doi: 10.2147/JPR.S303305.
8. Reddy VS, Shaik NA, Donthu B, Reddy Sannala VK, Jangam V. Intravenous dexmedetomidine versus clonidine for prolongation of bupivacaine spinal anesthesia and analgesia: A randomized double-blind study. J Anaesthesiol Clin Pharmacol. 2013;29:342-7. doi: 10.4103/0970-9185.117101.
9. Kaya FN, Yavascaoglu B, Turker G, Yildirim A, Gurbet A, Mogol EB, et al. Intravenous dexmedetomidine, but not midazolam, prolongs bupivacaine spinal anesthesia. Can J Anaesth. 2010;57:39-45. doi: 10.1007/s12630-009-9231-6.
10. Kumari R, Kumar A, Kumar S, Singh R. Intravenous dexmedetomidine as an adjunct to subarachnoid block: A simple effective method of better perioperative efficacy. J Anaesthesiol Clin Pharmacol. 2017;33:203-8. doi: 10.4103/joacp.JOACP_367_15.
11. Bhirud PH, Chellam S, Mote MN, Toal PV. Effects of intravenous dexmedetomidine on spinal anesthesia and sedation – A comparison of two different maintenance infusions. J Anaesthesiol Clin Pharmacol. 2020;36:78-82. doi: 10.4103/joacp.JOACP_129_18.
12. Bharthi Sekar E, Vijayaraghavan U, Sadiqbasha A. Effect of Intravenous Dexmedetomidine on Spinal Anesthesia. Cureus. 2021;13: e15708. doi: 10.7759/cureus.15708.
13. Kavya UR, Laxmi S, Ramkumar V. Effect of intravenous dexmedetomidine administered as bolus or as bolus-plus-infusion on subarachnoid anesthesia with hyperbaric bupivacaine. J Anaesthesiol Clin Pharmacol. 2018;34:46-50. doi: 10.4103/joacp.JOACP_132_16.
14. Verghese T, Dixit N, John L, George R, Gopal S. Effect of intravenous dexmedetomidine on duration of spinal anesthesia with hyperbaric bupivacaine - A comparative study. Indian J Clin Anaesth. 2019;6:97-101.
15. Sahoo A, Seelan P, Dasari G, Penmatsa S. Comparison of effectiveness between two different doses of intravenous dexmedetomidine as adjuvant to subarachnoid block for sub umbilical surgeries. J Med Sci. 2023;92:e838. doi: 10.1038/s41598-021-88726-2.
16. Thakkar PD, Patel DR, Shah UD, Gupta S, Dudhani R, Mirchandani B. Effect of intravenous dexmedetomidine on characteristics of spinal anesthesia with hyperbaric bupivacaine: a prospective study. J Popul Therap Clin Pharmacol. 2024;31:890-5.
17. Huang YY, Chang KY. Sensory block level prediction of spinal anesthesia with 0.5% hyperbaric bupivacaine: a retrospective study. Sci Rep. 2021;11:9105.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Neha Dwivedi, Pratiti Choudhuri, Pavan Nayar

Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Os artigos estão livremente disponíveis para serem lidos, descarregados e partilhados a partir do momento da sua publicação.
A RSPA reserva-se o direito de comercialização do artigo enquanto parte integrante da revista (na elaboração de separatas, por exemplo). O autor deverá acompanhar a carta de submissão com a declaração de cedência de direitos de autor para fins comerciais.
Relativamente à utilização por terceiros a Revista da SPA rege-se pelos termos da licença Creative Commons “Atribuição – uso Não-Comercial (CC BY-NC).
Após publicação na RSPA, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados.