The algorithmic representation of the contemporary city
Strategies and tactics in confronting violent sociability
Keywords:
platform economy, algorithmization of everyday life, urban violence, informal governance, territorial justice, sociotechnical networksAbstract
In this article, we address the current context of the City of Rio de Janeiro, intensely marked by violent and lethal sociability. We activate an analytical triangulation that includes the situation of necropolitics and brutalism that characterizes Rio's urbicide; the existential condition of the territory in liminality that faces the algorithmization of everyday life; and the ethical horizon of territorial justice that rekindles hope for transforming the status quo. This triangulation leads us to the conclusion that territorial injustices aggravated by the context of violence reflect the ambiguity of the algorithmization of the urban space where they occur, amid the advancement of platform urbanism. Empirically, the use of information and communication technologies, with the examples of the Onde Tem Tiroteio and Fogo Cruzado applications, produces liminal spaces that define the territorial action of social subjects, in their condition as territories linked to digitalized networks. In turn, strategically and tactically, territorial governance and informal governance, duly articulated into algorithmic representation of the city, through digital platform applications, insinuate the challenge of overcoming the ethical deficit towards an autonomous urban citizenship capable of effectively contributing to guarantee human rights – the right to life – and urban rights, such as the rights to mobility, leisure and work. Ethically, we see the embodied subjects of law involved in the art of resolving – and saving – life, whose affirmative recognition of the Other, this valid and legitimate interlocutor, stands in the way of an imposing moral attitude aimed at mitigating and/or eliminating persistent oppressions.
References
Abílio, L. (2020). Plataformas digitais e uberização: globalização de um Sul administrado? Contracampo, 39 (1).
Adorno, S. (2012). Violência e crime: sob o domínio do medo na sociedade brasileira. In A. Botelho, L. Schwarcz (Org.). Cidadania, um Projeto em Construção. São Paulo: Claro Enigma.
Aguirre Moreno, A., Perea Tinajero, G., Baez Gil, E. (2021). Urbicidio. Filosofía de la ciudad herida. Buenos Aires, Biblos.
Bertollo, M. (2019). A capilarização das redes de informação no território brasileiro pelo smartphone. São Paulo: Tese (Doutorado em Geografia Humana) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.
Börzel, T. (2008). Organizando Babel: redes de políticas públicas. In F. Duarte, C. Quandt, Q. Souza (Org.). O Tempo das Redes. São Paulo: Perspectiva.
Calvez, J-Y. (1997). Política. Uma introdução. São Paulo: Ática.
Carloto, S. (2023). Discriminação Algorítmica em Processos Seletivos Eletrônicos e uma Metodologia para Eliminação de Vieses Discriminatórios. Leme: Mizuno.
Casilli, A., Posada, J. (2019). The Platformization of labor and Society. In M. Graham, & W. Dutton (Ed.). Society and the Internet. How networks of information and communication are changing our lives. Oxford: Oxford University.
Delgado, M. (2008). El Animal Público. Hacia una antropología de los espacios urbanos. Barcelona: Anagrama.
Dematteis, G. (2024). El terreno como luta de classes: o “descubrimiento” del território em 1968-69. In F. Governa, J. Vicente (Eds.). Giuseppe Dematteis. Um geógrafo crítico y civil. Barcelona: Icaria
Diário do Rio (2022). Geografia do mal. https://diariodorio.com/mapa-do-crime-viraliza-nas-redes-sociais-ao-mostrar-os-delitos-mais-comuns-nos-bairros-do-rj/
Dias, L. (2005). Os sentidos da rede: notas para discussão. In L. Dias, R. Silveira (Org.). Redes, Sociedades e Territórios. Florianópolis: EDUNISC.
Diniz, A. (2007). Topofobias e condutas defensivas: uma análise do sentimento de insegurança e medo de vitimização em Belo Horizonte. In S. Kozel, J. Silva, J., S. Gil Filho (Orgs.). Da Percepção e Cognição à Representação: reconstruções teóricas da geografia cultural e humanista. São Paulo: Terceira Margem.
Donzelot, J. (2012). ¿Hacia una Ciudadanía Urbana? La ciudad y la igualdad de oportunidades. Buenos Aires: Nueva Visión.
Duarte, F. (2002). Crise das Matrizes Espaciais. São Paulo: Perspectiva.
Egler, T. (2015). Do campo para a rede sociotécnica: um pequeno ensaio. I Congreso Latinoamericano de Teoría Social. Instituto de Investigaciones Gino Germani. Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Buenos Aires.
Farinós, J. (2015). Gobernanza Territorial / Geo-Gobernanza. In L. López Trigal (Dir.). Diccionario de Geografía Aplicada y Profesional. León: Universidade de León.
Gillespie, T. (2018). Custodians of the Internet: Platforms, Content Moderation, and the Hidden Decisions That Shape Social Media. Londres: Yale University.
Gilmore, R. (2024). Califórnia Gulag. Prisões, crise do capitalismo e abolicionismo penal. São Paulo: Igrá Kniga.
Graham, S. (2016). Cidades Sitiadas. O novo urbanismo militar. São Paulo: Boitempo.
Hilgers, T., Macdonald, L. (2017). As variações da violência: espaço subnacional, identidade e imersão. In T. Hilgers, J. Barbosa (Orgs.). Identidade, Territórios e Política em Contextos de Violência na América Latina. Rio de Janeiro: Observatório de Favelas.
Lefebvre, H. (2013). La Producción del Espacio. Madri: Capitán Swing.
Lefebvre, H. (2021). Elementos de Ritmanálise. E outros ensaios sobre temporalidades. Rio de Janeiro: Consequência.
Lima, I. (2005). La ciudad compleja: entre el miedo dirigido y las re-existencias. In O. Gutiérrez (Coord.). La Ciudad y el Miedo. Girona: Grupo de Geografía Urbana / Asociación de Geógrafos Espanholes / GGU/AGE.
Lima, I. (2014). Towards a civic city: from territorial justice to urban happiness in Rio de Janeiro. European Journal of Geography, 5(2).
Lima, I. (2016). A Geopolítica da Favela: desafios atuais da justiça territorial no Rio de Janeiro. Revista Cidades, 13(22).
Lima, I. (2019) Governança Territorial. GEOgraphia, 21 (46), maio-ago.
Lima, I. (2023). O argumento político do corpo nas dobras do espaço liminar. In J. Silva, M. Ornat, A. Chimin Jr. (Org.). Corpos e Geografia: expressões de espaços encarnados. Ponta Grossa: Todapalavra.
Lima, I. (2024). Antigeopolítica. In J. Dresch (Org.). Dicionário Ciência na Escola. São Carlos: Pedro & João.
Lima, I. (2025). O movimento urbano sob o capitalismo algorítmico. Antigeopolítica dos corpos sensíveis. In I. Lima (Coord.). Uma Mirada Antigeopolítica. Tensão, resistência e emancipação na América Latina. Buenos Aires: CLACSO.
Lussault, M. (2003). Dispositif spatial légitime. In J. Lévy, M. Lussault (Dir.). Dictionnaire de la Géographie et de L’Espace des Societés. Paris: Belin.
Lussault, M. (2015). El Hombre Espacial. La construcción social del espacio humano. Buenos Aires: Amorrortu.
Ochigame, M. (2022). A longa história da justiça algorítmica. Revista Rosa ,5
Manzano Chávez, L. (2009). Violencia en Barrios Críticos. Santiago: RIL.
Mbembe, A. (2018). Necropolítica. São Paulo: N-1.
Mbembe, A. (2021). Brutalismo. São Paulo: N-1.
Medeiros, T. (2018). De dia cria a doença para, de noite, vender a cura. Revista CULT, 21 (232).
Mendonça, R. (2024). Livro que propõe tratar algoritmos como instituições é premiado no Brasil. Entrevista com Itamar Rigueira Jr. UFMG Comunicação.
Mendonça, R., Figueiras, F., Almeida, V. (2024). Algorithmic Institucionalism. The changing rules of social and political life. Oxford: Universidade de Oxford.
Morais, R. (1985). O que é Violência Urbana. São Paulo: Brasiliense.
Moreira, R. (2007). Pensar e Ser em Geografia. São Paulo: Contexto.
Muñoz, F. (2010). Urbanalización. Paisajes comunes, lugares globales. Barcelona: Gustavo Gili.
Musso, P. (2004). A filosofia da rede. In A. Parente (Org.). Tramas da Rede. Porto Alegre: Sulina.
Nogué, J. (2009). Entre Paisajes. Barcelona: Àmbit.
Novaes, A. (2007). Política do medo. In A. Novaes (Org.). Ensaios sobre o Medo. São Paulo: SENAC/SESC.
Nun, J. (2015). El Sentido Común y la Política: escritos teóricos y prácticos. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica.
Pessoa, F. (2019). Livro do Desassossego. Jandira: Principis.
Portinaro, P. (2025). El Realismo Político. Madri: Alianza, 2025
Puetter, U. (2012). Europe's deliberative intergovernmentalism: the role of the Council and European Council in EU economic governance, Journal of European Public Policy, 19 (2).
Radetich, R. (2024). Cappitalismo. La uberización del trabajo. México: Siglo XXI.
Raffestin, C. (1993). Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Ática.
Ribeiro, A. (1996). Urbanidade e Vida Metropolitana. Rio de Janeiro: Jobran.
Ribeiro, A. (2011). Territórios da sociedade: por uma cartografia da ação. In C. Silva (Org.). Território e Ação Social: sentidos da apropriação urbana. Rio de Janeiro: FAPERJ/ Lamparina.
Ribeiro, A. (2012a). Por uma Sociologia do Presente. Rio de Janeiro: Letra Capital.
Ribeiro, A. (2012b). Por uma Sociologia do Presente, Vol. 2. Rio de Janeiro: Letra Capital.
Ribeiro, A. (2013). Por uma Sociologia do Presente. Vol. 4. Rio de Janeiro: Letra Capital.
Ridenti, M. (2001). Classes Sociais e Representação. São Paulo: Cortez.
Santos, C. (1988). A Cidade como um Jogo de Cartas. Niterói: EDUFF.
Santos, M. (1979). Economia Espacial. Críticas e Alternativas. São Paulo: Hucitec.
Santos, M. (1982). Ensaios sobre a Urbanização Latino-Americana. São Paulo: Hucitec.
Santos, M. (1994). Por uma Economia Política da Cidade. São Paulo: Hucitec.
Santos, M. (1996). A Natureza do Espaço. Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: Hucitec.
Santos, M. (2002). O País Distorcido. São Paulo: Publifolha.
Secchi, B. (2015). La Ciudad de los Ricos y la Ciudad de los Pobres,. Madrid: Catarata.
Silva, L. (2008a). Introdução. In L. Silva (Org.). Vida sob Cerco. Violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Silva, L. (2008b). Violência urbana, sociabilidade violenta e agenda pública. In L. Silva (Org.). Vida sob Cerco. Violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Silva, L. (2016). Fazendo a Cidade. Rio de Janeiro: Mórula.
Silva, T. (2022). Racismo Algorítmico. Inteligência artificial e discriminações nas redes sociais. Salvador: SESC.
Soares, L. (2005). Segurança municipal no Brasil – sugestões para uma agenda mínima. In T. Sento-Sé (Org.). Prevenção da Violência: o papel das cidades. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Souza, M. (2008). Fobópole: o medo generalizado e a militarização da questão urbana. Rio de Janeiro: Bertand Brasil.
Sung, J., Silva, J. (2017). Conversando sobre Ética e Sociedade. Petrópolis: Vozes.
Teles, E. (2018). Subjetivação da violência. Revista CULT, 21 (232).
Telles, V. (1994). Sociedade civil e a construção de espaços públicos. In E. Dagnino (Org.). Os Anos 90: política e sociedade no Brasil. São Paulo: Brasiliense.
Toffler, A., Toffler, H. (1981). A Terceira Onda. São Paulo: Record.
Torralba, F. (2002). L’Ética Algorítmica. Barcelona: Edicions 62.
Ugarte, D. (2004). 11 M. Redes para ganar una guerra. Barcelona: Icaria.
Vianna, A. (2018). As mães, seus mortos e nossas vidas. Revista CULT, 21 (232).
Virilio, P. (2011). Ciudad Pánico. Lisboa: Capital Intelectual.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Ivaldo de Lima

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Cidades, Comunidades e Territórios by DINÂMIA'CET-IUL is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Proibição de realização de Obras Derivadas 4.0 Unported License.Permissions beyond the scope of this license may be available at mailto:cidades.dinamiacet@iscte.pt.

