Dois projetos de intervenção urbana em comparação

A trajetória nos processos SAAL e IBC

Autores/as

Palabras clave:

intervenção urbana, participação, IBC, SAAL, política social de habitação

Resumen

Esse artigo busca contribuir com a análise da trajetória dos projetos de intervenção urbana em Portugal implementados a partir da década de 1970 a partir de três campos de análise. O primeiro eixo apresenta os principais aspectos do SAAL e as possíveis influências das experiências participativas brasileiras na sua concepção. O segundo eixo identifica as experiências no campo habitacional posteriores ao SAAL e observa as alterações dos processos participativos entre o SAAL e a Iniciativa Bairros Críticos IBC. O terceiro eixo aprofunda a análise na IBC, com destaque aos principais objetivos, estrutura organizacional, identificação dos distintos territórios de intervenção e processos participativos, sobretudo na experiência do Bairro do Lagarteiro. Por se tratar de um processo que incorpora diferentes contextos históricos, dimensões sociais, econômicas e políticas, a pesquisa seleciona as características mais relevantes do SAAL e da IBC que contribuem para uma tentativa de compreensão entre as principais semelhanças e diferenças entre as respectivas experiências.

Citas

Antunes, G. (2018), Políticas de Habitação – 200 anos. Lisboa: Caleidoscópio.

Bandeirinha, J. A. (2014), O Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974. 3. reimpressão. Coimbra: Imprensa Universidade de Coimbra.

Barros, M. C., Campos, V.(2017), “Participação dos cidadãos nos programas habitacionais com intervenção pública no Brasil e em Portugal: um estudo comparado”. Artigo apresentado no Congresso Internacional Projetar a Cidade com a Comunidade. Lisboa. Faculdade de Arquitetura, Universidade de Lisboa.

Cachado, R. Á. (2013), “O Programa Especial de Realojamento. Ambiente histórico, político e social”. Análise Social, v. 48, n. 206, p. 134-152.

Carvalho, M. (2012), Investigação em Arquitectura. A contribuição de Nuno Portas no LNEC. 1963-1974. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Coimbra.

Dias, M. G.(2009), “Architecture is not a Voting Matter”, Being Populista, Jornal dos Arquitectos, n. 234.

Freitas, M J. (2017), Entrevista concedida a Mariana Cicuto Barros em 6 abr. 2017.

Jorge, S. B.(2011). “Qualificação do espaço público de loteamentos de gênese iIlegal na grande área metropolitana de Lisboa”. In: BÓGUS, Lucia; RAPOSO, Isabel; PASTERNAK, Suzana (org.). Da irregularidade fundiária urbana à regularização: análise comparativa Portugal – Brasil. São Paulo.

Pinto, P. T.(2017), Entrevista concedida a Mariana Cicuto Barros em 24 abr 2017.

Pinto, P. T. (2013), “Social Participation in the context of the Urban Public Space Renewal: The Case of Lagarteiro Neighborhood in Porto”. Journal of Civil Engineering and Architecture, v. 7, n. 11, p. 1445-1457.

Pulhez, M. M. (2008), “Fronteiras da desordem: saber e ofício nas experiências de Hélio Oiticica no Morro da Mangueira e de Carlos Nelson Ferreira dos Santos em Brás de Pina.”Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, v. 47, p. 93-114.

Sanches, D. (2015), Processo participativo como instrumento de moradia digna: uma avaliação dos projetos da área central de São Paulo (1990-2012). Tese (Doutorado) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo.
Santos, C. N. F.(1981), Movimentos urbanos no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar.
Sousa, S.(2008), “Iniciativa Bairros Críticos: Uma experiência em torno de modelos de governança na gestão do território.” Cidades - Comunidades e Territórios, Lisboa, n. 16, p. 69-75,
Sousa, S. (coord.) (2012), Registos do Processo. Iniciativa Operações de Qualificação e Reinserção Urbana de Bairros Críticos. Lisboa.
Turner, J. F.C. (1976), Housing by people: Towards autonomy in building environments. New York: Pantheon Books.

Publicado

2020-12-02

Número

Sección

Article