Sete edifícios para a zona ribeirinha de Lisboa

Autores/as

Palabras clave:

zona ribeirinha, edifícios ícones, desenho urbano, espaço público

Resumen

No âmbito do Laboratório Lisboa e o Rio (de Projeto Final de Arquitetura 2020/2021 do Mestrado Integrado em Arquitetura do Iscte) propusemos investigar edifícios de arquitetura contemporânea portuguesa existentes na frente ribeirinha, cuja particularidade era serem elementos transformadores da cidade de Lisboa. Os edifícios construídos sob a égide de grandes projetos urbanísticos são, muitas vezes, considerados como tendo uma arquitetura imediata cuja valorização remete para a sua imagem sem referências ao passado, ao lugar e à envolvente urbana onde se implantam. Intuindo que estes edifícios vão mais além do que a sua imagem e que outros fatores contribuem para a atratividade urbana e vivência positiva dos sítios onde se implantam, discute-se se a sua atratividade advém da imagem marcante ou se, pelo contrário, a sua atratividade decorre de outros fatores como a capacidade de se constituem enquanto elementos estruturantes da cidade, locais de encontro e, nesse sentido, promotores de vida social e coletiva. Alicerçamos a nossa análise em quatro tópicos: a implantação do edificado, a relação com a envolvente, a forma e a figura e a relação de escala que o mesmo estabelece com as pré-existências. Concluímos que estes edifícios não se esgotam na sua primeira aparência. A sua riqueza espacial, aliada ao seu programa público e a articulação que os mesmos estabelecem com os espaços públicos, com as pré-existências e com as memórias dos lugares faz-nos reconhecer o inegável papel que desempenham para a organização de uma nova paisagem contemporânea da cidade, constituindo-se peças fundamentais na revitalização urbana, económica e social da zona ribeirinha de Lisboa.

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Publicado

2021-12-30

Número

Sección

Dossier Articles