A breve história de um edifício pombalino

Análise das mudanças além-fachada no contexto das transformações urbanas

Autores/as

Palabras clave:

edifício pombalino, transformações urbanas, habitação, palimpsesto

Resumen

A propósito do carácter perenemente incompleto das cidades e dos seus edifícios antigos, vincula-se o património construído à condição de palimpsesto. Com o objetivo de contribuir para um pensamento e intervenção mais informados, e que constituam um instrumento para alcançar o desenvolvimento sustentável das cidades, questiona-se Como se têm adaptado os edifícios antigos às mudanças sociais e económicas? e Como se relacionam essas adaptações com o contexto social e económico? Toma-se como caso de estudo um edifício pombalino para, a partir de uma análise de tempo longo, sobretudo com base em fontes arquivísticas, assinalar e sistematizar as alterações de que foi objeto, relacionando-as com as transformações do habitat urbano onde o edifício se insere. Conclui-se que as transformações do espaço doméstico são indissociáveis das transformações do habitat, reforçando-se a necessidade de estudar estas modificações em tempo longo para melhor identificar e responder aos desafios contemporâneos.

Citas

Aguiar, J. (2014). Reabilitação ou fraude. Revista Património, 2, 56-69.

Appleton, J. & Domingos, I. (2009). Biografia de um pombalino – Um caso de reabilitação na Baixa de Lisboa. Amadora: Editora Orion.

Barreiros, M. H. (2004). Casas em cima de casas – apontamentos sobre o espaço doméstico da Baixa Pombalina. Revista Monumentos, 21, 88-97. Lisboa: Direção Geral do Património Cultural.

Carita, H. (1999). Lisboa Manuelina e a formação de modelos urbanísticos da época moderna (1495 – 1521). Lisboa: Livros Horizonte.

Corboz, A. (1983). The Land as Palimpsest. Diogenes, 31 (121), 12–34. doi:10.1177/039219218303112102

Costa, A., Magalhães, A. & Babo, E. (2017). Novas Dinâmicas Urbanas no Centro Histórico de Lisboa. Lisboa: Quaternaire Portugal, Consultoria para o Desenvolvimento, SA.

França, J. A. (1987). Lisboa Pombalina e o Iluminismo (3.ª ed.). Lisboa: Bertrand Editora.

Leal, J. C. (2005). Arquitectura Privada, Política e Factos Urbanos em Lisboa – da Cidade Pombalina à Cidade Liberal. Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Tese de Doutoramento.

Lopes, F. (2020). Lisboa – Arquitetura contemporânea e cidade antiga. Lisboa: Caleidoscópio.

Lync, K. (1960). A imagem da cidade. Lisboa: Edições 70.

Mascarenhas, J. (2004). Sistemas de Construção – V. Lisboa: Livros Horizonte.

Monteys, X. (2015). O Edifício Comum – Casas lisboetas. In C. Dias Coelho (Ed.), Cadernos de Morfologia Urbana – Estudos da cidade portuguesa: Os Elementos Urbanos (2.ª ed., pp. 191-207). Lisboa: Argumentum.

Pinto, P. T. (2018). Fundação e Arqueologia – Contexto e Discurso do Território Contemporâneo. Porto: Circo de Ideias – Associação Cultural.

Portaria n.º 740-DV/2012 [Amplia a área da “Baixa Pombalina”, passando a abranger os outros núcleos de expansão da cidade assumidos no Plano Pombalino de reconstrução da cidade ed Lisboa]. Diário da República, 2.ª Série. N.º 248 (2012-12-24) pp. 86-87.

Lei n.º 31/2012, de 14 de agosto [Procede à revisão do regime jurídico do arrendamento urbano alterando o Código Civil, o Código de Processo Civil e a Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro]. Diário da República, 1.ª Série. N.º 157 (2012-08-14) pp. 4411-4452.

Secchi, B. (1993). The Transformation of the Urban Habitat. Architecture & Behaviour, 9 (3), 337-344.

Secchi, B. (2006). Primeira Lição de Urbanismo. São Paulo: Editora Perspectiva.

Viegas, I. M. (1999). Cartulário Pombalino. Lisboa: Departamento de Património Cultural – Arquivo Municipal de Lisboa.

Zein, R. V. (2018). Leituras críticas – Quando documentar não é suficiente. Pensamento da América Latina, 5, 104-125.

Publicado

2024-05-06