Em busca da(s) centralidade(s) urbana(s): planeamento e reabilitação urbana em Castelo Branco

Auteurs-es

  • Alexandra Paisana Belo DINÂMIA'CET-IUL

Mots-clés :

Planeamento e reabilitação urbana, Programação urbana, Centro histórico e espaço público, Policentrismo, Marketing urbano, Castelo Branco

Résumé

A cidade de Castelo Branco ergueu-se num território amuralhado, ao qual correspondia também, incialmente, o centro cívico. A sua localização foi-se deslocando progressivamente, sendo que a malha histórica passou a corresponder quase exclusivamente a um núcleo habitacional degradado. Procurou-se, nos últimos anos, reverter esta situação, nomeadamente através da implementação do programa Polis.

Com efeito, é a partir deste momento que se tornam visíveis as repercussões de acções planeadas sobre a cidade antiga, ainda que esta tivesse sido previamente integrada noutros planos e estratégias. Além disso, todos os programas posteriores ao Polis expressam intenções de integrar este espaço com as suas intervenções. Pode-se também constatar, através da análise das suas estratégias, um alargamento da noção de centralidade, privilegiando-se o policentrismo em detrimento de uma visão polarizada, que separava a cidade intra-muros das zonas de expansão.

Apesar disso, tem-se assistido recentemente a uma prevalência da programação sobre o planeamento, promovendo-se a competitividade através de acções culturais, de marketing urbano e da integração em redes, que têm como referente imagético de espaço público o centro histórico da cidade. Estamos, então, perante uma visão antagónica da(s) centralidade(s), sobre a qual será pertinente reflectir.

Para tal, proceder-se-á a uma resenha dos processos de valorização dos centros históricos, bem como dos instrumentos de planeamento e reabilitação urbana nacionais, contextualizando a sua aplicação em Castelo Branco. Procurar-se-á ainda clarificar o impacto actual e previsível das acções planeadas, programadas e concretizadas, indiciando-se novas perspectivas neste âmbito, nomeadamente em relação ao espaço público e à noção de centro urbano.

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Publié-e

2016-09-22

Numéro

Rubrique

Article