A precariedade como estratégia, a imersão como metodologia: uma abordagem arquitectónica à intervenção em favelas

Entrevista a Manoel Ribeiro

Autores

  • Joana Pestana Lages Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território

Palavras-chave:

cidade informal, participação, arquitectura social

Resumo

Manoel Ribeiro, arquiteto urbanista do Rio de Janeiro, aborda nesta entrevista a importância de uma intervenção sensível a partir das favelas brasileiras, destacando a necessidade de respeitar as práticas locais e a cultura existentes. Valoriza-se o papel do arquiteto, envolvendo-o de forma ética com as comunidades, valorizando o seu saber tradicional e as dinâmicas próprias de cada território, através de processos “imersivos”. Ribeiro narra histórias vividas, um processo de escuta ativa com mais de cinco décadas, que reconhece o potencial das soluções informais e precárias, com estratégias de superação. A flexibilidade, a adaptação e a sustentabilidade são elementos-chave no seu trabalho, visto que, para ele, a arquitetura deve ser sensível à realidade dinâmica e em constante transformação da informalidade, não apenas no que diz respeito à estrutura física, mas também no apoio ao fortalecimento das relações sociais e culturais dentro desses espaços.

Referências

Redes da Maré. (n.d.). Home. Retrieved November 14, 2024, from https://www.redesdamare.org.br/

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Publicado

2024-11-29