"Não resolvi o problema da habitação, mas aprendi umas coisas pelo caminho."

Entrevista com Helena Roseta

Autores

  • Sílvia Jorge CiTUA-IST
  • Vanessa Melo CIAUD-FAUL, enquanto investigadora colaboradora do GESTUAL e CHAM-NOVA FCSH-UAc https://orcid.org/0000-0003-4007-6686

DOI:

https://doi.org/10.15847/cct.32865

Palavras-chave:

Nova Geração de Políticas de Habitação, Lei de Bases da Habitação, Programa Bairros Saudáveis

Resumo

Helena Roseta é uma cidadã e arquiteta preocupada e ocupada, desde sempre, em garantir o direito à habitação. Desempenhou vários cargos políticos ao longo do tempo, tais como o de Presidente da Câmara Municipal de Cascais (1983-1986), de vereadora pelo Partido Socialista (2009-2013) e pelos “Cidadãos por Lisboa” na Câmara Municipal de Lisboa (2007-2009) e de Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa (2013-2019). Fundou a Plataforma Artigo 65, em 2006, e é apelidada de mãe da Lei de Bases da Habitação, publicada em 2019. Aos 71 anos reformou-se dos cargos políticos, mas não das suas causas.

Nesta entrevista, Helena Roseta partilha a sua experiência e visão sobre a habitação em Portugal, sublinhando as dificuldades sentidas por diferentes grupos vulneráveis ao longo do tempo. A conversa parte de uma breve contextualização histórica do acesso à habitação no país, tendo o 25 de Abril como momento charneira, e chega à Nova Geração de Políticas de Habitação e à publicação da Lei de Bases da Habitação, que enquadram a atual conjuntura. A lente sobre a habitação, indissociável de um habitat condigno, abre-se ainda ao programa público Bairros Saudáveis, focado também na melhoria das condições de saúde, bem-estar e qualidade de vida dos residentes de territórios vulneráveis, a partir de pequenas intervenções com uma dotação máxima de 50 000 euros. 

Referências

Assembleia da República (2019). Lei de bases da habitação. Diário da República, 168/2019, Série I de 2019-09-03, 11-33

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Publicado

2023-10-09