Homofobia promovida pelo Estado e a invisibilidade das mulheres queer no Senegal
A homofobia e a invisibilidade das mulheres queer no Senegal
DOI:
https://doi.org/10.15847/cea46.36269Resumo
Este artigo examina a homofobia promovida pelo Estado no Senegal, centrando-se nos seus principais atores, causas e consequências sociopolíticas. No centro desta discussão fica o apagamento do góor-jigéen, uma figura histórica cuja exclusão reflete esforços mais amplos para suprimir todas as formas de diversidade sexual e de género no país. Enquadrada numa retórica que apresenta a homossexualidade como simultaneamente “não africana” e incompatível com o Islão, esta narrativa contribui para a criminalização das pessoas LGBTQ+ e reforça os mecanismos legais, religiosos e culturais de opressão a que estas estão sujeitas. Presta também especial atenção às vidas das mulheres queer no Senegal, cujas experiências continuam a ser largamente ignoradas e pouco estudadas, tanto na investigação académica como no discurso público, contribuindo para a sua invisibilidade generalizada. Ao analisar de que forma as mulheres queer recorrem estrategicamente à sutura e à terànga para navegar a repressão e manter os seus laços sociais, esta investigação evidencia como contestam, de forma subtil, as normas tradicionais e criar espaços para a expressão queer.
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