As corridas de cavalos na colônia alemã do sudoeste africano (1884-1914)
Palavras-chave:
corridas de cavalos, colonialismo, sudoeste africanoResumo
Para a formação do campo desportivo na colônia alemã do sudoeste africano (atual Namíbia) tiveram papel importante várias associações desportivas. Entre elas, pode-se mencionar as sociedades de corrida de cavalos (Rennvereine), especialmente as de Swakopmund, Windhoek, Keetmanshoop e da Baía de Lüderitz. As corridas de cavalos constituíram parte da cultura desportiva na Alemanha do Segundo Império. Essas socie-dades desportivas serviram para o treinamento da população masculina (militar e civil) num contexto colonial, ou seja, num contexto beligerante. Com base em jornais, o presente artigo examina o protagonismo das sociedades de corridas de cavalos para a formação do campo desportivo, para a manutenção e expansão do germanismo e para a estruturação de um calendário desportivo no qual os eventos desportivos eram momentos de celebração do colonialismo.Referências
Agulhon, M. (2009). El círculo burgués. La sociabilidad en Francia, 1810-1848. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Editores.
Agulhon, M. (1968). Pénitents et franc-maçons dans l’ancienne Provence : Essai sur la sociabilité méridionale. Paris: Fayard.
Bayer, M. (1984). The Rehobother Baster Nation of Namibia. Basel: Basler Afrika-Biblio-graphien.
Britz, R. G. von, Lang, H., & Limpricht, C. (1999). Kurze Geschichte der Rehobother Baster bis 1990. Göttingen: Klaus Hess Verlag.
Brockmann, C. (1912). Briefe eines deutschen Mädchens aus Südwest. Berlin: Ernst Siegfried Mittler und Sohn.
Correa, S. M. de S. (2013). As cavalgadas e as corridas de cavalos na intersecção entre lazer e esporte no sudoeste africano sob domínio colonial alemão. In Nascimento, A., Bittencourt, M., Domingos, N., & Melo, V. (Orgs.), Esporte e lazer na África: Novos olhares (pp. 63-80). Rio de Janeiro: 7Letras.
Correa, S. M. de S. (2012). Colonialismo, germanismo e sociedades de ginástica no sudoeste africano. Recorde: Revista de História do Esporte, 5 (2), 1-20.
Correa, S. M. de S. (2011). História, memória e comemorações: Em torno do genocídio e do passado colonial no sudoeste africano. Revista Brasileira de História, 31 (61), 85-103.
DOI : 10.1590/S0102-01882011000100005
Dincklage-Campe, F. (1908). Deutsche Reiter in Südwest : Selbsterlebnisse aus den Kämpfen in Deutsch-Südwestafrika. Berlin: Deutsches Verlagshaus Bong.
Führer durch die Südwestafrikanischen Landes-Ausstellung zu Windhoek (1909). Windhoek.
Hazzi, J. (1826). Über die Pferdrennen als wesentliches Beförderungs-Mittel der bessern, vielmehr edlen Pferdezucht in Deutschland und besonders in Bayern. München: J. Lindauer‘sche buchhandlung.
Schmidt, W., & Wolcke-Renk, I. (2001). Deutsch-Südwest-Afrika. Fotos aus der Kolonialzeit 1884-1918. Erfurt: Sutton Verlag.
Vigarello, G. (1995). Le temps du sport. In Corbin, A., et al. (Dir.), L’avènement des loisirs, 1850-1960 (pp. 198-202). Paris: Flammarion.
Wallace, M. (2012). A history of Namibia. Cape Town: Jacana Media.
Weber, E. (1988). França fin-de-siècle. São Paulo: Companhia das Letras.
Wesseling, H. (2004). Les empires coloniaux européens 1815-1819. Paris: Gallimard.
Wesseling, H. (1991). Le partage de l’Afrique. Paris: Denoël.
Zimmerer, J. (2004). Krieg, KZ und Völkermord in Südwestafrika. Der erste deutsche Genozid. In Zimmerer, J., & Zeller, J., (Orgs.), Völkermord in Deutsch-Südwestafrika. Der Kolonialkrieg (1904-1908) in Namibia und seine Folgen (pp. 45-63). Berlin: Links Verlag.
DSWAZ Deutsche Südwestafrikanische Zeitung - Swakopmund (1901-1914)
African Newspapers Database (documento digital)
LZ Lüderitzbuchter Zeitung - Lüderitzbucht (1909-1922)
African Newspapers Database (documento digital)
SZ Swakopmunder Zeitung - Swakopmund (1911-1912)
African Newspapers Database (documento digital)
WA Windhoeker Anzeiger - Windhuk (1898-1901)
African Newspapers Database (documento digital)
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Autorizo a publicação do artigo/recensão submetido do qual sou autor.
Declaro ainda que o presente artigo é original, que não foi objecto de qualquer tipo de publicação, e cedo em exclusivo os direitos de publicação à revista Cadernos de Estudos Africanos. A reprodução do artigo, no todo ou em parte, noutras publicações ou noutros suportes depende de autorização prévia da editora Centro de Estudos Internacionais do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa.