PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS

Autores

  • Marco Frederico Marques Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC); Associação para Investigação Biomédica em Luz e Imagem (AIBILI)
  • Sónia Rodrigues Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC)
  • Miguel Raimundo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)
  • João Pedro Marques Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC); Associação para Investigação Biomédica em Luz e Imagem (AIBILI); Unidade de Oftalmologia de Coimbra (UOC)
  • Mário Alfaiate Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)
  • João Figueira Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC); Associação para Investigação Biomédica em Luz e Imagem (AIBILI); Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC); Unidade de Oftalmologia de Coimbra (UOC); Espaço Médico de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.10185

Palavras-chave:

Buraco macular lamelar, proliferação epirretiniana, proliferação epirretiniana associada a buraco lamelar, tomografia de coerência ótica, membrana epirretiniana

Resumo

OBJETIVOS

Descrever a prevalência de proliferação epirretiniana (PER) nos buracos maculares lamelares (BML), e correlacionar esta alteração com a morfologia do BML e prognóstico anatómico e funcional após abordagem cirúrgica ou conservadora.

 

MÉTODOS

Série de casos retrospetiva, multicêntrica, que incluiu doentes consecutivos diagnosticados com BML e seguidos por ≥6 meses. Observaram-se todas as tomografias de coerência ótica (OCT), onde se avaliaram: presença de membrana epirretiniana (MER) e PER, espessura do pavimento foveal, maior diâmetro e maior diâmetro da porção interna do BML. Nos doentes operados efetuou-se vitrectomia via pars plana com pelagem de MER e membrana limitante interna e tamponamento interno com SF6.

 

RESULTADOS

Foram incluídos 62 olhos (57 doentes), seguidos durante 27,1±19,8 meses, sendo objetivada PER em 33 (53,2%) deles. Comparativamente aos BML sem PER, naqueles com PER objetivou-se um diâmetro significativamente maior (p=0,001), menor espessura do leito (p=0,018), e uma menor razão do diâmetro das camadas internas pelo maior diâmetro (p=0,002). Vinte e sete (81,8%) dos BML com PER apresentaram conformação em tenda, com aproximação dos bordos internos, comparativamente a 23,3% dos BML sem PER. No subgrupo de 13 doentes operados, não se notaram diferenças na performance visual (p=0,687) ou taxa de encerramento (p=0,569) entre os dois grupos nos olhos operados.

 

CONCLUSÕES

As PER são entidades descritas recentemente que alteram a fisionomia do BML, com maiores diâmetros máximos nas camadas intermédias e menor espessura do leito. Não se encontraram diferenças na performance visual ou taxa de encerramento do BML nos olhos com PER operados ou seguidos conservadoramente.

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Publicado

2017-10-31

Como Citar

Marques, M. F., Rodrigues, S., Raimundo, M., Marques, J. P., Alfaiate, M., & Figueira, J. (2017). PROLIFERAÇÃO EPIRRETINIANA ASSOCIADA A BURACOS LAMELARES: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 41(2), 9. https://doi.org/10.48560/rspo.10185

Edição

Secção

Artigos Originais