Conservadorismo Americano e o Neoconservadorismo

A Dicotomia na Cultura Política Norte-Americana

Autores

  • Cristiana Cabrita Professor auxiliar na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Lusíada de Lisboa. Investigador integrado na CLIPIS – Centro Lusíada de Investigação em Política Internacional e Segurança. Investigador associado no CIEP – Centro de Investigação do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa.

Resumo

Durante a última campanha presidencial norte- -americana, e ainda recentemente, Donald Trump assumiu com alguma insistência que era o herdeiro ideológico de Ronald Reagan. Ora, dificilmente se pode considerar Trump como um causídico do conservadorismo tradicional reaganiano tendo em conta a sua posição em temas como o aborto, a emigração, a saúde ou a política externa. Igualmente, no âmbito das primárias republicanas, o Senador Rand Paul, num comício republicano em Nashua, New Hampshire, atacou Hillary Clinton acusando- -a de ser “neoconservadora” em termos de política externa. O problema que despontou durante este período de debate – e que de certa maneira não está inteiramente esclarecido – foi a imprecisão conceptual e metodológica que emergiu em torno do significado “conservador”, em geral, e do “conservadorismo americano” e “neoconservadorismo”, em particular. Na verdade, muitas vezes – erradamente – os conceitos foram confundidos e /ou diluídos num único significado. Por conseguinte, é esse o exercício clarificador que nos propusemos com a elaboração deste artigo.

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Publicado

2024-10-02

Edição

Secção

Extra dossiê