O Yin e o Yang da NATO

Desarmonias na Defesa da Europa

Autores

  • António Eugénio Assessor de Estudos do IDN

Palavras-chave:

Defesa, Europa, Yin, Yang, Ucrânia, NATO, EUA, Tecnologia

Resumo

A Guerra da Ucrânia trouxe uma urgência ao debate da integração da defesa europeia e uma renovada legitimidade à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), com a adesão rápida da Finlândia e da Suécia, dois países tradicionalmente neutros. No entanto, a existência da Aliança, liderada pelos EUA, que vêm demonstrando uma posição ambígua face à emergência de mais um novo ator geopolítico como a União Europeia (UE), além da China, tem causado algumas dúvidas sobre o verdadeiro interesse norte-americano no desenvolvimento de capacidades de defesa modernas e autónomas no continente europeu. Daí a utilidade de uma perspetiva como a do yin e yang, pela noção de uma dinâmica complementar que aqui se esboça e que poderá conduzir a uma solução harmoniosa, como a existência de um pilar de defesa europeu dentro da OTAN. Indo para lá do debate teórico e como proposta executiva, defende-se uma maior integração, modernização e digitalização da base tecnológica europeia de modo a poder concorrer com as suas congéneres norte-americanas e examina a desejável divisão de encargos entre países aliados, de modo a esta passar a incluir o valor comercial dos dados dos cidadãos, empresas e organizações europeias, aos quais as gigantes tecnológicas norte-americanas têm acesso sem reciprocidade.

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Publicado

2025-02-08