Treino de fixação com biofeedback em 6 doentes com lesão foveal por alta miopia e revisão da literatura

Authors

  • Rita Pinto Interno de Oftalmologia no Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Mónica Franco Interno de Oftalmologia no Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Marta Vila Franca Assistente Hospitalar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto; Instituto Retina de Lisboa
  • Alda Cotrim Assistente Hospitalar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto; Hospital de Cascais
  • Antóno Folgado Assistente Hospitalar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Paulo Caldeira Rosa Assistente Hospitalar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto; Instituto Retina de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.5980

Keywords:

Microperimetria, biofeedback, locus retiniano preferencial, fixação excêntrica, alta miopia.

Abstract

Objectivos: Com base na microperimetria (MP), pretendeu-se utilizar o principio do biofeedba- ck para optimizar a adaptação à lesão foveal crónica, em doentes com alta miopia. Desenho do estudo: Prospectivo; interventivo. Participantes e métodos: Foram incluidos 6 doentes (6 olhos) com perda de acuidade visual (AV) por lesão crónica associada à alta miopia, mas com capacidade de ler pelo menos J5 para perto. Foi seleccionado o olho pior desde que este atingisse uma AV de J5. Foi realizada MP no olho de estudo, com base na qual foi seleccionado um Locus Retiniano Preferencial (LRP) para fixação excêntrica; e foram planeadas 10 sessões de treino com biofeedback, para estabelecer e fortalecer o LRP. O tempo alocado para cada sessão foi de 5-10 minutos, 1 vez por semana. Foi avaliada a velocidade de leitura monocular e binocular antes e 1 mês após o conjunto de sessões; e foi realizado um questionário focando o impacto sobre a qualidade de vida. Resultados: 4 doentes cumpriram mais de 5 sessões. Verificou-se melhoria da velocidade de lei- tura com o olho de estudo em 5 doentes (valor médio passou de 11,4 para 27,8 palavras/minuto), com impacto positivo sobre a qualidade de vida. Conclusões: Os nossos resultados acrescentam evidência em favor da utilização do biofeedback, guiado pela microperimetria, no facilitar da adaptação à lesão foveal crónica. São necessários mais estudos, com um tempo de seguimento maior, para caracterizar melhor o papel desta téc- nica neste contexto.

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How to Cite

Pinto, R., Franco, M., Vila Franca, M., Cotrim, A., Folgado, A., & Caldeira Rosa, P. (2014). Treino de fixação com biofeedback em 6 doentes com lesão foveal por alta miopia e revisão da literatura. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 38(1). https://doi.org/10.48560/rspo.5980

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