O Olho e a Visão em crianças com Paralisia Cerebral – manifestações oftalmológicas a propósito de 16 casos

Authors

  • Maria Luísa Colaço Interno do Complementar de Oftalmologia do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • João Cardoso Interno do Complementar de Oftalmologia do Hospital Garcia de Orta
  • Rita Pinto Interno do Complementar de Oftalmologia do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Mónica Franco Interno do Complementar de Oftalmologia do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Raquel Seldom Assistente Hospitalar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Ana Escada Assistente Hospitalar do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Gabriela Varandas Assistente Hospitalar Graduado do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • José Maia Sêco Assistente Hospitalar Graduado do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
  • Maria de Lourdes Vieira Assistente Hospitalar Graduado do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, Responsável pelo Departamento de Estrabismo e Oftalmologia Pediátrica

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.5984

Keywords:

Paralisia cerebral, estrabismo, ametropia, discinésia, disfunção visual cerebral.

Abstract

Introdução: A Paralisia Cerebral (PC) é a causa mais comum de incapacidade física na infância. Crianças com PC têm alterações visuais sensoriais e motoras que excedem aquelas detectadas em crianças neurologicamente normais. Objectivos: caracterizar as manifestações oculares as- sociadas à PC em 16 crianças; determinar se diferentes graus de PC, avaliado pela Gross Motor Function Classification Scale (GMFS), têm diferenças na severidade de disfunção visual. Material e Métodos: Estudo prospectivo, observacional, de 16 crianças com PC. A gravidade motora da PC foi classificada utilizando-se a GMFCS. Avaliou-se a componente sensorial visual através da melhor acuidade visual corrigida (MAVC). O componente motor foi estudado carac- terizando a motilidade ocular estática e dinâmica e coordenação olho-mão. Avaliou-se o erro refractivo sob cicloplegia. Resultados: Constatou-se predomínio de PC ligeiras (56% grau 1). A MAVC média foi de 0,41 não havendo diferença estatisticamente significativa entre o olho dominante e olho adelfo. Detec- tou-se estrabismo em 63% dos casos, insuficiência de convergência em 31% e dismetria em 19%. Verificou-se um predomínio de hipermetropia ligeira a moderada (37,5%), 22% altos míopes, e 37,5% de anisometropia. Alterações oftalmológicas mais graves foram mais frequentes em crian- ças com pontuações mais elevadas na GMFCS. Conclusão: As manifestações oculares da PC abrangem desde alterações ligeiras semelhantes às crianças saudáveis até erros refractivos elevados, discinésias motoras incapacitantes, apraxia ócu- lo-motora, nistagmo e disfunção visual cerebral. Crianças com graus mais elevados de disfunção motora têm maior probabilidade de defeitos visuais graves não observados em crianças saudáveis.

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How to Cite

Colaço, M. L., Cardoso, J., Pinto, R., Franco, M., Seldom, R., Escada, A., Varandas, G., Maia Sêco, J., & Vieira, M. de L. (2014). O Olho e a Visão em crianças com Paralisia Cerebral – manifestações oftalmológicas a propósito de 16 casos. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 38(1). https://doi.org/10.48560/rspo.5984

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