Angiografia Fluoresceínica na Retinopatia da Prematuridade: um ano de experiência

Autores

  • Joana Roque Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
  • Susana Henriques Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
  • Ana Sofia Lopes Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
  • Mafalda Mota Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
  • Graça Pires Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
  • Susana Teixeira Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
  • Isabel Prieto Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.19838

Resumo

Joana Roque1, Susana Henriques1, Ana Sofia Lopes1, Mafalda Mota2, Graça Pires3, Susana Teixeira3, Isabel Prieto4

Objectivo: Avaliar o papel da angiografia fluoresceínica (AF) no diagnóstico e seguimento de prematuros com Retinopatia da Prematuridade (ROP) com necessidade de tratamento (ROP grave).

 

Materiais e métodos: Revisão retrospectiva das imagens de retinografia e AF obtidas com RetCam dos casos de ROP grave estudados com estas modalidades diagnósticas no nosso hospital, entre Agosto de 2018 e Agosto de 2019.

 

Resultados: Realizou-se AF em 26 olhos de 13 prematuros com ROP grave. Em 7 prematuros (54%), a angiografia foi realizada no dia do tratamento (laserterapia: n=12; injecção anti-VEGF: n=1). Este exame evidenciou profundas alterações vasculares retinianas, sobretudo na interface retina vascular-avascular, sendo evidente a exsudação a partir de zonas de neovascularização.

Nas restantes 6 crianças (46%), a AF foi realizada durante o período de follow-up (idades: 6 meses a 9 anos), após o tratamento da ROP com fotocoagulação LASER (n=5), vitrectomia+LASER (n=1) ou injecção de bevacizumab (n=6). Dos olhos tratados com injecção intravítrea, 2 desenvolveram recidiva da doença com evidente exsudação periférica na AF, e foram consequentemente submetidos a ablação LASER da retina avascular; nos restantes, a doença não recidivou, evidenciando-se angiograficamente extensas áreas de retina periférica avascular.

De modo global, a AF mostrou grande variedade nos padrões de circulação retiniana e de preenchimento coroideu, sendo os achados mais frequentes: a ramificação anómala ao nível das pequenas arteríolas (100%) e os shunts arteriovenosos (69%).

 

Conclusão: A AF permitiu uma melhor caracterização e documentação das anomalias vasculares nos diferentes casos de ROP, apesar de não ter contribuído de forma determinante para a decisão terapêutica tomada.

 

Palavras-chave: Retinopatia da prematuridade, angiografia, RetCam, fotocoagulação LASER, anti-VEGF

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Publicado

2020-10-24

Como Citar

Roque, J., Henriques, S., Lopes, A. S., Mota, M., Pires, G., Teixeira, S., & Prieto, I. (2020). Angiografia Fluoresceínica na Retinopatia da Prematuridade: um ano de experiência. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 44(3). https://doi.org/10.48560/rspo.19838

Edição

Secção

Artigos Originais