Válvulas de Ahmed na cirurgia de glaucoma: a nossa experiência

Autores

  • Ana Figueiredo Interna de Formação Específica em Oftalmologia do Centro Hospitalar do Porto, EPE (CHP)
  • Carolina Vale Interna de Formação Específica em Oftalmologia do Centro Hospitalar do Porto, EPE (CHP)
  • Inês Casal Interna de Formação Específica em Oftalmologia do Centro Hospitalar do Porto, EPE (CHP)
  • Paulo Sousa Técnico de Ortóptica do Centro Hospitalar do Porto, EPE
  • Isabel Sampaio Assistente Hospitalar do Centro Hospitalar do Porto, EPE
  • Maria João Menéres Assistente Hospitalar Graduada do Centro Hospitalar do Porto, EPE; Hospital de Santo António - Centro Hospitalar do Porto, EPE

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.6630

Palavras-chave:

Glaucoma, follow-up, Válvula de Ahmed, Pressão Intraocular, Sucesso cirúrgico.

Resumo

Objectivo: Avaliar os resultados clínicos dos doentes submetidos a implante de válvula de Ah- med no Serviço de Oftalmologia do CHP entre Setembro de 2010 e Março de 2013. Material e Métodos: Estudo retrospectivo em que foram incluídos 63 doentes (73 válvulas) com glaucoma refractário e ou /falência de cirurgia prévia, sendo o follow-up mínimo 6 meses. Definiu-se sucesso cirúrgico relativo como pressão intra-ocular (PIO) ≥ 6 mm Hg e ≤ 21 mm Hg ou redução de 20% da PIO em relação aos valores pré-operatórios; sucesso cirúrgico ab- soluto - a mesma meta mas sem recurso a medicação ou cirurgia adicional. Foram analisadas variáveis demográficas, PIO no 1o dia, 1a, 2a semana; 1o, 2o, 3o, 6o mês, 1o ano e à data da última consulta, número de fármacos pré e pós-cirurgia, entre outras. Resultados: O glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) foi o diagnóstico mais frequen- te (32.9%); follow-up médio de 11.62 (±7.30) meses; PIO pré-operatória média de 29.64 (± 7.55); pós-operatória na última consulta de 14.30 ± 3.25 (com p <0.01). A média de fármacos diminuiu de 3.60 ± 0.88 para 1.07 ± 1.22 após a cirurgia (p <0.01). As principais complicações foram 4 casos (5.4 %) de descolamento da coróide e 5 casos de atalamia (6.7 %). Em 95.9 % dos casos registou-se sucesso cirúrgico relativo e em 46.6 % absoluto na última avaliação. 23.3 % (17) encontravam-se medicados com 1-2 fármacos e PIO≤ 15 mm Hg. Conclusão: A taxa de sucesso cirúrgico absoluto e relativo foi comparável à de estudos prévios. Neste contexto, a válvula de Ahmed assume-se cada vez mais como uma opção segura e eficaz.

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Como Citar

Figueiredo, A., Vale, C., Casal, I., Sousa, P., Sampaio, I., & Menéres, M. J. (2015). Válvulas de Ahmed na cirurgia de glaucoma: a nossa experiência. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 38(3). https://doi.org/10.48560/rspo.6630

Edição

Secção

Artigos Originais