10 anos de experiência no tratamento de retinoblastoma

Autores

  • Cristina Santos Serviço de Oftalmologia, Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, EPE
  • Inês Coutinho Serviço de Oftalmologia, Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, EPE
  • Ana Rita Azevedo Hospital Beatriz Ângelo
  • Cláudia Constantino Serviço de Pediatria, Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, EPE
  • Filomena Pereira Serviço de Pediatria, Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, EPE
  • Ana Berta Sousa Serviço de Genética Médica, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
  • José Laranjeira Serviço de Oftalmologia, Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, EPE
  • João Cabral Hospital da Luz
  • Susana Teixeira Serviço de Oftalmologia, Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, EPE

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.7151

Palavras-chave:

retinoblastoma, quimioterapia, tratamento conservador

Resumo

Objectivo: Descrever a experiência do Serviço de Oftalmologia do Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca no diagnóstico e tratamento de retinoblastoma entre Janeiro de 2004 e Dezembro de 2014. Métodos: Revisão retrospectiva dos processos clínicos e exames complementares de diagnóstico. Resultados: Foram tratados dezasseis doentes no período em estudo, sendo cinco casos bilaterais. O diagnóstico foi estabelecido em média aos 27 meses de idade e a forma de apresentação mais frequente foi leucocória. Dois casos apresentavam história familiar. O tempo médio de seguimento foi de 51,6 meses. Um dos doentes desenvolveu um pineoblastoma, tendo acabado por falecer de complicações relacionadas com a quimioterapia sistémica. De entre as 16 crianças, 11 realizaram quimioterapia sistémica. Nove olhos foram submetidos a enucleação, dois deles após falência da terapêutica conservadora. Os restantes doze olhos foram sujeitos a tratamento conservador, cinco dos quais exclusivamente em Portugal, recorrendo a quimioterapia sistémica, crioterapia e fotocoagulação com LASER. Oito doentes (nove olhos) foram encaminhados para o Hôpital Ophtalmique Jules Gonin na Suíça, para complementar a terapêutica realizada. Conclusões: O tratamento do retinoblastoma tem evoluído nos últimos anos. As novas opções para tratamento local, mais eficazes e seguras, têm tornado possível cada vez mais preservar a vida, o órgão e a função. No entanto, para o sucesso terapêutico é fundamental o diagnóstico precoce.

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Publicado

2015-12-25

Como Citar

Santos, C., Coutinho, I., Azevedo, A. R., Constantino, C., Pereira, F., Sousa, A. B., Laranjeira, J., Cabral, J., & Teixeira, S. (2015). 10 anos de experiência no tratamento de retinoblastoma. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 39(2), 97–102. https://doi.org/10.48560/rspo.7151

Edição

Secção

Artigos Originais