Estrabismo em idade ambliogénica: estudo retrospectivo de 12 meses consecutivos de referenciação oftalmológica hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.48560/rspo.8010Palavras-chave:
ambliopia, epidemiologia, estrabismo, oftalmologia pediátrica, referenciaçãoResumo
Introdução: O objectivo deste trabalho é a análise do estado actual da referenciação oftalmológica hospitalar de casos de estrabismo em idade pediátrica.
Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo dos processos clínicos das crianças com idade menor ou igual a 10 anos referenciadas à Consulta de Oftalmologia Pediátrica do Centro Hospitalar do Porto entre Julho de 2011 e Julho de 2012.
Resultados: Das 649 crianças referenciadas, 267 (41.1%) foram por suspeita de estrabismo. Em 109 (40.8%) dessas crianças confirmou-se o diagnóstico. 16.8% dos casos de estrabismo foram referenciados por outros motivos. A média das idades aquando do diagnóstico foi de 4,5 ± 2,2 (0,3-9) anos, sendo 50,8% do sexo feminino. 62,3% dos estrabismos diagnosticados foram endotropias, 32,3% foram exotropias e 5,4% foram outros estrabismos. Foi detectada ambliopia em 79,7% das crianças, sendo mais prevalente nas endotropias (78%) que nas exotropias (72,7%) (p>0,05).
Discussão: Mais de um terço das crianças foram referenciadas por suspeita de estrabismo, confirmando-se o diagnóstico em menos de metade. No entanto, 16.8% das crianças com estrabismo foram referenciadas sem que houvesse suspeita desse diagnóstico. Esta situação alerta-nos para a importância da formação dos nossos pares para a realização de uma avaliação e referenciação oftalmológicas precoces, de forma a optimizar o diagnóstico e tratamento do estrabismo e patologias associadas.
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