O ressurgimento dos psicadélicos: revisão sobre o seu potencial uso terapêutico nas perturbações mentais e de adição
DOI:
https://doi.org/10.25752/psi.21919Palavras-chave:
Psicadélicos, Alucinogénios, Doença Mental, Perturbação do Uso de Substâncias, Perturbações de AdiçãoResumo
Introdução: Os psicadélicos são substâncias cujos efeitos subjetivos incluem alterações da perceção, cognição e afeto, assim como experiências de teor existencial. Os alucinogénios clássicos ou serotoninérgicos englobam moléculas como o LSD, a psilocibina, o DMT e a mescalina, entre outras. Desde a década de 1950 estas substâncias têm sido investigadas no contexto do tratamento de diversas perturbações mentais, como a depressão, a ansiedade e a perturbação obsessivo-compulsiva, tal como em várias perturbações de adição.
Objetivos: Elaboração de uma revisão não sistemática sobre o uso de psicadélicos clássicos no tratamento de perturbações mentais e de adição.
Métodos: Revisão não sistemática da literatura publicada na base de dados Pubmed/Medline.
Resultados e Conclusões: Encontraram-se vários estudos que procuraram investigar o mecanismo de ação, eficácia e segurança dos psicadélicos clássicos no tratamento da depressão, ansiedade e perturbação obsessivo-compulsiva, assim como na perturbação de uso de álcool, nicotina e substâncias ilícitas. Os resultados foram fundamentalmente positivos, evidenciando o potencial destas substâncias no tratamento das várias patologias, proporcionando, de acordo com os estudos, respostas clínicas rápidas e, na sua maioria, duradouras, tal como um baixo risco de efeitos adversos associados. Ainda que de forma preliminar, os psicadélicos clássicos parecem potencialmente úteis no tratamento de diversas perturbações mentais e de adição. Será relevante a realização de mais ensaios clínicos controlados e aleatorizados, com amostras de maiores dimensões a mais representativas para a determinação da eficácia terapêutica destas substâncias.
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