Psicoterapia Psicodinâmica: uma perspetiva neurobiológica

Autores

  • Inês Ferraz Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental, Centro Hospitalar de São João, EPE
  • Orlando von Doellinger Serviço de Psiquiatria, Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, EPE.
  • Rui Coelho Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental, Centro Hospitalar de São João, EPE; Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

DOI:

https://doi.org/10.25752/psi.4367

Palavras-chave:

Psicoterapia, Psicodinâmica, Neurociências, Neurónios espelho, Neuroimagem

Resumo

Introdução: A compreensão de como as intervenções  psicoterapêuticas mudam  o  cérebro  espelha  a  constante  tensão  entre  as explicações psicológicas e biológicas do comportamento humano. A psicoterapia psicodinâmica, tem origem na teoria e conhecimento psicanalíticos, e é, acima de tudo, um modo de pensar que inclui conflitos inconscientes, falhas e distorções das estruturas intrapsíquicas, representações mentais de si próprio e dos outros,  enfatizando  a  função comunicativa (entre paciente e terapeuta) do sintoma (e do comportamento).

Objetivos e Métodos: Através de uma revisão bibliográfica  não sistematizada  pretende-se compreender o impacto cerebral das intervenções  psicodinâmicas  partindo  da  perspetiva neurocientífica de alguns conceitos psicanalíticos.

Resultados  e  Conclusões: A  psicoterapia, palco para a aquisição de novas competências e de comportamentos mais adaptativos, tem impacto no funcionamento cerebral pois altera a expressão genética, a biossíntese proteica e provoca mudanças na estrutura anatómica e função do cérebro, sendo por isso mensurável através das recentes técnicas de neuroimagem. Atualmente, existem evidências de que qualquer intervenção psicoterapêutica é de natureza biopsicossocial e que todas as funções da mente refletem a atividade do cérebro.

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Publicado

2015-06-03

Edição

Secção

Artigos de Revisão