Brexanolona e depressão pós-parto: haverá lugar em Portugal?
DOI:
https://doi.org/10.25752/psi.19438Palavras-chave:
Depressão pós-parto; Brexanolona; Alopregnanolona.Resumo
Introdução: A depressão pós-parto é definida como um episódio depressivo major, relacionado temporalmente com o parto, tendo características específicas nomeadamente a presença de mais sintomas ansiosos e obsessivos, a reposta mais lenta ao tratamento, a necessidade de associação de psicofármacos mais frequente e a provável relação com a queda hormonal após o parto. O tratamento recomendado para a depressão pós-parto, apesar das suas especificidades, é o mesmo que para qualquer episódio depressivo major. Recentemente foi aprovada nos Estados Unidos da América a brexanolona, o primeiro fármaco específico para o tratamento da depressão pós-parto.
Objectivos: Os objetivos dos autores foram realizar uma revisão bibliográfica acerca da brexanolona, discutindo posteriormente a sua importância e aplicabilidade, principalmente em Portugal.
Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas principais plataformas de pesquisa científica, utilizando os termos brexanolone, allopregnanolone e postpartum depression treatment, e consultada a bula de administração da brexanolona, aprovada pela Food And Drug Administration.
Resultados e Conclusões: A brexanolona é um análogo da pregnanolona, metabolito endógeno da progesterona, administrada na forma endovenosa. Tem um efeito rápido, com manutenção dos resultados terapêuticos aos 30 dias após administração, principalmente em casos de depressão pós-parto grave. É um fármaco seguro, mas com necessidade de vigilância médica, pelo risco de sedação excessiva e perda de consciência. Apesar de não ser provável que a brexanolona seja um fármaco de primeira linha na depressão pós-parto, pode ser uma opção atrativa em casos de depressão grave resistente a outros tratamentos, ou quando é necessária uma resposta rápida.
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