A Hostilidade e a Raiva na Dor Crónica

Autores

  • Sara Oliveira Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho
  • Lúcia Ribeiro Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho

DOI:

https://doi.org/10.25752/psi.3234

Resumo

Introdução: O componente afectivo da dor incorpora uma gama variada de emoções, primariamente negativas em termos de qualidade. Foi tradicionalmente conferido um grande destaque ao papel da depressão e da ansiedade na dor crónica. Mais recentemente, o foco tem sido dirigido para a hostilidade e a raiva, como componentes fundamentais da experiência emocional da dor crónica. Objectivo: As autoras propõem‐se fazer uma reflexão sobre a relevância da hostilidade e da raiva na dor crónica. Foi realizada uma revisão da literatura sobre o tema em questão. Discussão: Doentes com diversas perturbações de dor crónica caracterizam‐se por níveis elevados dos traços raiva e hostilidade. Por outro lado, o modo como a raiva é gerida (anger management style), principalmente a tendência marcada para suprimir ou expressar sentimentos de raiva, constitui um determinante de particular importância da gravidade da dor crónica. Conclusão: A hostilidade e a raiva estão implicadas no desenvolvimento, manutenção e tratamento da dor crónica. A clarificação da sua relação com a dor crónica e dos mecanismos através dos quais estas emoções são expressas ou suprimidas assumem particular importância, nomeadamente na procura de uma maior eficácia dos tratamentos.

Publicado

2012-09-22

Edição

Secção

Artigos de Revisão