Produção pecuária no montado – suínos

Autores

  • J. T. Nunes

DOI:

https://doi.org/10.19084/rca.15405

Resumo

A produção pecuária no montado alentejano é muito importante, ao nível da exploração e à escala regional. Baseia-se no sistema silvo-pastoril, com aproveitamento directo dos recursos alimentares naturais por raças autóctones. O porco alentejano é considerado o rei dos montados alentejanos, destaca-se no aproveitamento pecuário desta floresta de uso múltiplo. Na primeira metade do século passado a raça alentejana representava cerca de 50% do armentio suíno português.

A intensificação dos sistemas de produção, agrícolas e pecuários, contribuiu para um decréscimo acentuado, da suinicultura extensiva tradicional. Em 1986 a população de suínos autóctones no Alentejo tinha decaído para cerca de 2% do total nacional.

As raças locais, seja de porcos ou ruminantes tem conhecido recentemente uma notoriedade nova, quando se aliam os produtos delas derivados ao território, numa perspectiva de fileira.

A evolução da PAC e a consciencialização para os problemas ambientais contribuíram para reenquadrar os sistemas silvopastoris e, particularmente, a montanheira numa óptica produtiva sustentável. A montanheira tradicional consiste na engorda de porcos, com idades de 14 a 18 meses, em regime de pastoreio durante o Outono e Inverno, nos sob-cobertos dos montados de azinho e sobro. A engorda tardia, fortemente amilácea, produz carcaças pesadas de 120 kg a 140 kg com grande adiposidade. Porém, com a desejável infiltração de gordura intermuscular.

O maneio adequado, à optimização das características da carcaça e à aptidão tecnológica da carne e gordura nos sistemas silvo-pastoris, implica conhecer objectivamente: os recursos naturais, a fisiologia particular das raças locais, as características físicas químicas e sensoriais requeridas pelos produtos tradicionais e pela carne fresca.

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Publicado

2018-11-09

Edição

Secção

Geral