Livros Portugueses dos Séculos XVI, XVII e XVIII, com Referência a Enfermeiros e Enfermeiras

Autores

  • Paulo Queirós Escola Superior de Enfermagem da Universidade de Coimbra, Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0003-1817-612X

DOI:

https://doi.org/10.12707/RVI25.44.41442

Palavras-chave:

enfermagem, história da enfermagem, manuais como assunto, instrução para enfermeiros, livros raros

Resumo

Enquadramento: O desenvolvimento da enfermagem portuguesa faz-se em três períodos: diferenciação; profissionalização e consolidação de saberes. Os livros com regras e constituições monásticas e os manuais são parte constituinte desse processo.

Objetivo: Identificar publicações, em português, de regras e costumeiros monásticos, e de manuais para enfermeiros do início da idade moderna. Descrever e situar o material encontrado no movimento de profissionalização da enfermagem portuguesa.

Metodologia: Pesquisa em repositórios e arquivos digitais de livros editados em Portugal, nos séculos XVI, XVII e XVIII, relevantes para a História da Enfermagem. Análise crítica destas fontes, seu enquadramento, e construção interpretativa histórica.

Resultados: Encontrados cinco livros, editados em português, com Regras e Constituições Monásticas, século XVI, com referência a enfermeiros, e três manuais de instrução para os séculos XVII e XVIII.

Conclusão: O saber dos enfermeiros vai-se sistematizando e expressando-se de forma escrita, em livros. Saberes em formação e desenvolvimento, enquadrados num período longo de diferenciação da enfermagem portuguesa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Amezcua, M. (2017). 400 años de conocimiento enfermero: A propósito de la publicación de la instrucción de enfermeros de los obregones. Index de Enfermería, 26(1-2). https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1132-12962017000100002

Amezcua, M. (2019). Cuidados y sociedade en la España moderna. Materiales para la historia de la enfermería en los siglos XVI-XVII. Fundación Índex.

Bellaguarda, M. L., & Queirós, P. J. (2023). Autonomia da enfermeira-enfermeiro expressa na legislação profissional portuguesa e brasileira: Estudo documental (1986-2022). Revista da Escola de Enfermagem da USP, 57, e20230199. https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2023-0199pt

Borges, A. M. (2019). Normas administrativas e assistenciais para a boa gestão dos reais hospitais militares em Portugal: Postila religiosa e arte de enfermeiros. In J. E. Franco, & C. Fiolhais (Dir.), Obras pioneiras da cultura portuguesa: Primeiros escritos de medicina, farmácia e enfermagem (v. 22, pp. 26-41). Círculo de Leitores.

Carneiro, M. (2008). Ajudar a nascer: Parteiras, saberes obstétricos e modelos de formação (século XV-1974). Universidade do Porto.

Coelho, A. B. (2021). História e oficiais da história. Editorial Caminho.

Coelho, A. B. (2024). Os lusíadas: Antologia temática e texto crítico.

Avante.

Fassin, D. (1996). L’ espace politique de la santé: Essai de généalogie. Presses Universitaires de France.

Ferraz, I. (2019). Enfermidades, enfermos, enfermeiros: Dos primórdios ao século XIX.

Ferraz, I., Baixinho, C., & Rafael, H. (2015). Primeiro livro em Portugal escrito por enfermeiro (1741): Contribuição para a formação de enfermeiros religiosos. História da Enfermagem: Revista Eletrónica, 6(2), 288-298. https://doi.org/10.51234/here.2015.v.6.327

Freidson, E. (1984). The changing nature of professional control.

Annual Review of Sociology, 10, 1–20. https://doi.org/10.1146/annurev.so.10.080184.000245

Gameiro, A. (2005). A postila religiosa e Arte de Enfermeiros um Livro Notável para a Memória da ordem Hospitaleira em Portugal no Século XVIII. Archivo Hospitalario, 3, 513-537. https://www.google.pt/books/edition/Archivo_Hospitalario_N%C3%BAmero_3_A%C3%B1o_2005/mv2OIBQ0d9QC?hl=es&gbpv=1&dq=Archivo+Hospitalario.+A%C3%B1o+2005&pg=PA240&printsec=frontcover

García-Martínez, A. C., García-Martínez, M. J., & Vale-Racero J. I. (1992). Presentación y análisis de la obra “Instrucción de Enfermeros,” de André Fernández, 1625. Aproximación a la Enfermería de los siglos XVI y XVII. Madrid: Consejo General de Colégios de Diplomados en Enfermería.

Macedo, J. B. (1979). Os Lusíadas e a História. Editorial Verbo.

Mattoso, J. (1997). A Escrita da História. Lisboa: Editorial Estampa.

Rodrigues, M. (2007). Documento ad usum et beneficium. Postilla Religiosa, e Arte de enfermeiros. Revista de Enfermagem Referência, Série II, nº 4, 101-102. file:///C:/Users/Esenfc/Downloads/8_-_hist%C3%B3ria_e_mem%C3%B3ria-4.pdf

Roma, F. M. (1664). Luz da Medicina, Pratica Racional, e Methodica, Guia de Enfermeyros. Oficina de Francisco Oliveira. Mouga Poças, M. T., & Gómez-Cantarino, S. (2024). “Postilla religiosa e arte de enfermeiros”: Vestígios do conhecimento, história da enfermagem no século XVIII em Portugal. História da Enfermagem: Revista Eletrónica, 15, e02. https://doi.org/10.51234/here.2024.v15.e02

Rodrigues, M. A. (2007). Documento ad usum et beneficium: Postilla religiosa, e arte de enfermeiros. Revista de Enfermagem Referência, 2(4), 101-102.

Subtil, C. L., & Vieira, M. (2015). Manuais para as práticas dos enfermeiros no antigo regime. Híades: Revista de Historia de la Enfermería, 11, 215-228. https://researchgate.net/publicaBAmetion/301694872

Publicado

2025-12-30

Como Citar

Queirós, P. (2025). Livros Portugueses dos Séculos XVI, XVII e XVIII, com Referência a Enfermeiros e Enfermeiras. Revista De Enfermagem Referência, 6(4), 1–7. https://doi.org/10.12707/RVI25.44.41442

Edição

Secção

Artigos de Investigação Histórica