Vivências dos adolescentes acerca das substâncias psicoativas e sua interface com género, políticas e media

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12707/RV20035

Palavras-chave:

comportamento do adolescente, drogas ilícitas, política pública, comportamento social, economia, identidade de género

Resumo

Enquadramento: O consumo de substâncias psicoativas por adolescentes pode acarretar danos, sendo esses relacionados com as condições socioculturais.

Objetivo: Compreender as vivências dos adolescentes sobre os determinantes socioculturais do uso de substâncias psicoativas.

Metodologia: Pesquisa de método misto, conduzida com adolescentes de Divinópolis, Minas Gerais. No eixo quantitativo (n = 303) aplicaram-se os módulos de uso de bebidas e drogas ilícitas da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. O eixo qualitativo (n = 18) foi preponderante e seguiu-se ao quantitativo. Realizou-se análise descritiva dos fatores associados para as variáveis quantitativas. No qualitativo analisaram-se os discursos com base na determinação social.

Resultados: Os adolescentes que fazem uso de bebidas alcoólicas pretendem após o ciclo escolar continuar a trabalhar e estudar e tendem a fazer amizade com quem também faz uso. Quanto ao sexo, o consumo por mulheres não é socialmente aceite. As políticas públicas e os media não alcançam os adolescentes quando o assunto é substâncias psicoativas.

Conclusão: Os adolescentes reproduziram o discurso do seu grupo social, demonstrando os preceitos éticos e morais da sua comunidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abeldaño, R. A., Fernández, A. R., Ventura, C. P. , & Estario, J. C. (2013) Psychoactive substance use in two regions of Argentina and its relationship to poverty. Cadernos de Saúde Pública, 29(5), 899-908. doi:10.1590/S0102-311X2013000500007

Alencar, T. O., Nascimento, M. A., & Alencar, B. R. (2012). Hermenêutica dialética: Uma experiência enquanto método de análise na pesquisa sobre o acesso do usuário a assistência farmacêutica. Revista Brasileira em Promocão da Saúde, 25(2), 243-250. doi:10.5020/18061230.2012.p243

Almeida, M. R., & Gomes, R. M. (2014). Medicalização social e educação: Contribuições da teoria da determinação social do processo saúde-doença. Nuances: Estudos sobre Educação, 25(1),155-175. doi:10.14572/nuances.v25i1.2728

Bauman, Z. (2006). Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro, Brasil: Jorge Zahar. Breilh, J. (2006). Episteme e práxis social: Como se transformam, avançam ou retrocedem os conceitos cientificos. In J. Breilh (Ed.), Epidemiologia crítica: Ciência emancipadora e interculturalidade (pp. 99-111). Rio de Janeiro, Brasil: Fiocruz.

Creswell, J. W., & Clark, V. L. (2013). Pesquisa de métodos mistos (2ª ed.). Porto Alegre, Brasil: Penso.

Faria-Filho, E. A. (2014). Profile of alcohol and drug use in adolescent pupils in a Brazilian state capital. SMAD: Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool Drogas, 10(2), 78-84. doi:10.11606/issn.1806-6976.v10i2p78-84

Hnilicová, H., Nome. S., Dobiásová, K., Zvolský, M., Henriksen. R., & Tulupova, E. (2017). Comparison of alcohol consumption and alcohol policies in the Czech Republic and Norway. Central European Journal Public Health, 25(2), 145-151. doi:10.21101/cejph.a4918

Huang, G. C., Soto, D., Fujimoto, K., & Valente, T. (2014). The interplay of friendship networks and social networking sites: Longitudinal analysis of selection and influence effects on adolescent smoking and alcohol use. American Journal Public Health, 104(8), 51-59. doi:10.2105/AJPH.2014.302038

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. (2016). Pesquisa nacional de saúde do escolar. Recuperado de http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/seguranca_alimentar/caisan/pesquisa_pense.pdf

Jones, S. C. (2016). Parental provision of alcohol: A TPB-framed review of the literature. Health Promotional International, 31(3), 562–571. doi:10.1093/heapro/dav028

Jorge, K. O., Ferreira, R. C., Ferreira, E. P, Vale, M. P., Kawachi, I., & Zorzar, P. M. (2017). Binge drinking and associated factors among adolescents in a city in southeastern Brazil: A longitudinal study. Cadernos de Saúde pública, 33(2), e00183115. doi:10.1590/0102-311x00183115

Liu, Y., Lintonen, T., Tynjala, J., Villberg, J., Valimaa, R., Ojala, K., & Kannas, L. (2018). Socioeconomic differences in the use of alcohol and drunkenness in adolescents: Trends in the health behavior in school-aged children study in Finland 1990–2014. Scandinavian Journal of Public Health, 46(1), 102-111. doi:10.1177/1403494816684118

Lu, S., Zhang, Q., Hu, X., Chen, S., Wang, Z., & Lu, L. (2016). Alcoholic beverage preferences and associated drinking patterns by socioeconomic status among high-school drinkers in three metropolises of China. Asia Pacific Journal of Clinical Nutrition, 25(1),184-194. doi:10.6133/apjcn.2016.25.1.20

Machado, L. V., & Boarini, M. L. (2013). Drug policies in Brazil: The harm reduction strategy. Psicologia: Ciência e Profissão, 33(3), 580-595. doi:10.1590/S1414-98932013000300006

Saunders, B., Sím, J., Kingstone, T., Baker, S., Waterfield, J., ... Bartlam, B. (2018). Saturation in qualitative research: Exploring its conceptualization and operationalization. Quality & Quantity, 52(4), 1893- 907. doi:10.1007/s11135-017-0574-8

Souza, A. S., & Silva, C. P. (2006) The consumption in the life of teenagers of different socioeconomic classes: A reflection for the markenting in Brazil. Cadernos EBAPE: BR, 4(1), 1-18. doi:10.1590/S1679-39512006000100005

Suárez-Relinque, C., Arroyo, G. D., Ferrer, B. M., & Ochoa, G. M. (2017). Spanish adolescents’ low perception of risk in alcohol consumption. Cadernos de Saúde Pública, 33(7), e00129716. doi:10.1590/0102-311X00129716

Varga, S., & Piko, B. F. (2015). Being lonely or using substances with friends? A cross- sectional study of Hungarian adolescents’ health risk behaviours. BMC Public Health, 15,1107. doi:10.1186/ s12889-015-2474-y

Publicado

2020-09-30

Como Citar

Souza de Almeida, C., & Félix Lana, F. C. (2020). Vivências dos adolescentes acerca das substâncias psicoativas e sua interface com género, políticas e media. Revista De Enfermagem Referência, 5(3), 1–8. https://doi.org/10.12707/RV20035

Edição

Secção

Artigos de Investigação