Desigualdades sociais no discurso da enfermagem brasileira: compromisso social e luta hegemónica
DOI:
https://doi.org/10.12707/RV20089Palavras-chave:
equidade em saúde, enfermagem, sociedades de enfermagem, mudança social, justiça socialResumo
Enquadramento: As desigualdades sociais manifestam-se como um desafio contemporâneo e os profissionais de enfermagem possuem um papel importante no seu combate, na defesa da justiça social e na promoção de relações de poder mais democráticas.
Objetivo: Analisar as dimensões das desigualdades sociais nos discursos de entidades representativas da enfermagem brasileira.
Metodologia: Estudo qualitativo, do tipo documental, que utilizou 10 documentos de posicionamento público de 3 sociedades da enfermagem brasileira.
Resultados: O discurso sobre desigualdades sociais é representado pelas dimensões Género, Raça/Etnia, Fator económico e Outras vulnerabilidades, evidenciando a naturalização do racismo e da discriminação como condição que afeta a sociedade e a enfermagem. Os interesses específicos da enfermagem são apresentados como interesses gerais da sociedade, sobretudo quanto às dimensões de desigualdades de género e raça/etnia. Denúncia, defesa de públicos vulnerabilizados e persuasão dos atores sociais são os principais modos de organização discursiva presentes no posicionamento das entidades.
Conclusão: Há um alto comprometimento discursivo das entidades com as desigualdades de grupos sociais, nomeadamente no que concerne ao género, raça/etnia, fator económico e outras vulnerabilidades, num posicionamento político de justiça social.
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