Perfil do doente com Traumatismo Cranioencefálico atendido num Serviço de Urgência da região norte de Portugal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.48492/servir0206.31335

Palavras-chave:

lesões encefálicas traumáticas, serviço hospitalar de emergência, enfermeiros, prevenção

Resumo

Introdução: Um traumatismo cranioencefálico (TCE) ocorre como consequência de uma força mecânica direta ou indireta aplicada na cabeça. É considerado um dos principais problemas de saúde pública de âmbito mundial, encontrando-se entre os tipos de trauma mais frequentes num serviço de urgência (SU).

Objetivo/s: Caracterizar o perfil do doente com TCE atendido num SU de uma Unidade Local de Saúde (ULS) da região norte de Portugal.

Métodos: Estudo de abordagem quantitativa, observacional e descritivo, respeitante a uma amostra de 153 vítimas de TCE admitidas no SU de uma ULS, entre 5 de abril a 5 de julho de 2022.

Resultados: Amostra maioritariamente do sexo masculino (56.9%), com uma média de idade de 63.5 anos, predominantemente na faixa etária ³ 85 anos (29.4%). O fator de risco predominante foi a idade ³ 65 anos, a principal etiologia do traumatismo foram as quedas da própria altura (56.3%), com gravidade classificada como ligeira (98.6%). Como principal sintomatologia destaca-se a perda de consciência (22.3%). A Tomografia Computorizada cerebral foi o exame de diagnóstico mais requisitado (84.9%) e as principais lesões associadas foram as lesões da pele e couro cabeludo (42.5%). A taxa de incidência de TCE no período observado foi de 1.68%.

Conclusão: O perfil encontrado sugere a importância da adoção de medidas preventivas das principais etiologias do TCE. Releva ainda o papel do enfermeiro no atendimento complexo e diferenciado na prevenção de complicações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

American College of Surgeons. (2018). ATLS Advanced Trauma Life Support (Tenth Edition).

Brazinova, A., Rehorcikova, V., Taylor, M. S., Buckova, V., Majdan, M., Psota, M., Peeters, W., Feigin, V., Theadom, A., Holkovic, L., & Synnot, A. (2021). Epidemiology of Traumatic Brain Injury in Europe: A Living Systematic Review. Journal of Neurotrauma, 38(10), 1411–1440. https://doi.org/10.1089/neu.2015.4126

Center Traumatic Brain Injury (2023). Center - TBI: Fundo. https://www.center-tbi.eu/project/background

Coimbra, N. (2021). Trauma Cranioencefálico. In N. Coimbra, Enfermagem de Urgência e Emergência (pp. 287–297). Lidel.

Constâncio, J. F., Nery, A. A., Mota, E. C. H., Santos, C. A., Cardozo, M. C., & Constâncio, T. O. de S. (2018). Perfil Clínico-Epidemiológico de Indivíduos com Histórico de Traumatismo Cranioencefálico. Revista Baiana de Enfermagem,32. https://doi.org/10.18471/rbe.v32.28235

Dawodu, S. T. (2021). Traumatic Brain Injury (TBI) - Definition, Epidemiology, Pathophysiology: Overview, Epidemiology, Primary Injury. https://emedicine.medscape.com/article/326510-overview#a1

Dias, C., Rocha, J., Pereira, E., & Cerejo, A. (2014). Traumatic Brain Injury in Portugal: Trends in Hospital Admissions from 2000 to 2010. Acta Médica Portuguesa, 27(3), 349-356. https://doi.org/10.20344/amp.4892

Dias, E. S., Jesus, C. V. F., Ferrari, Y. A. C., Ferreira, E. C., Silva, R. N., Matos, A. C. G., Silva, D. P., Domingues, C. A., Nogueira, L. S., & Lima, S. O. (2021). Avaliação do trauma cranioencefálico em um hospital de urgência e emergência do Estado de Sergipe. Research, Society and Development, 10(1), 1–13. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11625

Direção Geral de Saúde. (2018). Protocolo Nacional Traumatismos Crânioencefálicos. DGS. https://pt.scribd.com/document/485373499/Protocolo-Nacional-TCE-2018-VERSA%C5%BDO-FINAL-REVISTA-251018

Filho, R. F. S., Gonçalves, K. G., Araújo, J. A. M., Matos, T. A., Silva, H. K. S., & Menezes, R. S. P. (2019). Perfil clínico-epidemiológico dos traumatismos cranioencefálicos atendidos em um hospital de referência do interior do estado do Ceará. Nursing, 22(253), 2909-2913. https://doi.org/10.36489/nursing.2019v22i253p2909-2913

Fundação Francisco Manuel dos Santos. (2023). Índice de envelhecimento e outros indicadores de envelhecimento segundo os Censos. PORDATA. https://www.pordata.pt/portugal/indice+de+envelhecimento+e+outros+indicadores+de+envelhecimento+segundo+os+censos-525

Machado, A. S. (2020). Epidemiologia e Abordagem dos Traumatismos Crânio-encefálicos em Países com Sistema Nacional de Saúde: Revisão Bibliográfica. (Dissertação de Mestrado, Universidade do Porto). https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/128135/2/410747.pdf

Magalhães, M. J. S. (2020). Neurologia para o clínico geral e estudantes de medicina: Manejo clínico. Independently Published.

Martins, E. F. F. (2010). Avaliar o Cumprimento do Protocolo Nacional de Traumatismo Crânio-Encefálico no Serviço de Urgência do Hospital de Santo António (Dissertação de Mestrado, Universidade do Porto). https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/52783/2/Tese%20Mestrado%20%20Eduarda%20Martins%20texto%20corrido.pdf

Mascarenhas, L. (2020). On the Need to Promote the Primary Prevention of Head Injury. Acta Médica Portuguesa, 33 (3), 213–216. https://doi.org/10.20344/amp.13241

Melo, R. P. R., Pinheiro, J. S., Medeiros, D. D., Melo, M. L., Viana, C. A. S. A., & Gouveia, S. S. V. (2019). Perfil Epidemiológico do Traumatismo Cranioencefálico em Parnaíba—PI. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, 25(3), pp.22-27. https://www.mastereditora.com.br/periodico/20190206_203031.pdf

Miñaca, M. F. V. (2020). Prevalência de Trauma Craneoencefálico y sus características Clínico-epidemiológicas en Pacientes de la Emergencia Hospital José Félix Valdivieso. Santa Isabel. Agosto 2018- Agosto 2019 (Dissertação de Mestrado, Universidad Católica de Cuenca). https://dspace.ucacue.edu.ec/bitstream/ucacue/8354/1/9BT2020-MTI022.pdf

Morgado, S. (2022). Cuidar a pessoa em situação crítica vítima de traumatismo cranioencefálico (Dissertação de Mestrado, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/80968

Moscote-Salazar, L. R. & Navas-Marrugo, S. Z. (2018). El Paciente com Neurotrauma. In L. R. Moscote-Salazar, Traumatismo Cranioencefálico: Enfoque básico en Urgencias (1ª ed., pp. 1-21). Imedpub

Rocha, G. M., Silva, A. H., & Silva, J. T. (2022). Cuidados de enfermagem ao paciente vítima de traumatismo crânio encefálico. Research, Society and Development, 11 (13). http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35659

Santos, M. E., & Agrela, N. (2019). Traumatic brain injury in Portugal: Progress in incidence and mortality. Brain Injury, 33(12), 1552–1555. https://doi.org/10.1080/02699052.2019.1658227

Santos, M. F., Silva, T. D. C. S., Carvalho, F. R., Barbosa, R. L., Santos, L. H., & Junior, E. M. M. (2019). TCE em UTI: Epidemiologia, tratamento e mortalidade no Maranhão, Brasil. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria, 23(1), 46-56. https://www.revneuropsiq.com.br/rbnp/article/view/310

Silva, J. A. V., Padula, M. P. C., & Waters, C. (2021). Perfil epidemiológico, clínico e desfecho de pacientes com traumatismo cranioencefálico / Epidemiological, clinical profile and outcome of patients with traumatic brain injury. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, 66, pp. 1-7. https://doi.org/10.26432/1809-3019.2021.66.017

Stein, D., & Ramirez, C. (2021). Trauma da Cabeça. In T. Machado (9ª Ed), PHTLS: Atendimento Pré-hospitalar ao Traumatizado (pp. 257–322).

Yuguero, O., Guzman, M., Castañ, T., Forné, C., Galindo, G., & Pujol, J. (2018). Characteristics and prognosis of patients admitted to a hospital emergency department for traumatic brain injury and with anticoagulant or antiplatelet treatment. Neurocirugía, 29 (5), 233–239. https://doi.org/10.1016/j.neucie.2018.05.001

Publicado

2023-08-22

Como Citar

Raposo, S., & Magalhães, C. (2023). Perfil do doente com Traumatismo Cranioencefálico atendido num Serviço de Urgência da região norte de Portugal. Servir, 2(06), e31335. https://doi.org/10.48492/servir0206.31335

Edição

Secção

Artigos